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Saúde mental: terapia on-line é alternativa para pacientes em tempos de pandemia

Conselho Federal de Psicologia liberou atendimentos on-line, sem passar por aprovação do E-psi.

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Atualizada em 27/03/2022 às 11h08
Em meio a tantas informações, o clima de tensão e confinamento acaba afetando o psicológico de qualquer um, alertam os psicólogos.
Em meio a tantas informações, o clima de tensão e confinamento acaba afetando o psicológico de qualquer um, alertam os psicólogos. (Foto: Divulgação )

SÃO LUÍS - Surtar! Essa é a palavra que já passou pela mente de muita gente neste momento de pandemia do covid-19, popularmente conhecido como coronavirus. Em meio a tantas informações, sejam elas fake news ou não, o clima de tensão e confinamento acaba afetando o psicológico de qualquer um, alertam os psicólogos.

Com toda a situação mundial, o Conselho Federal de Psicologia liberou para que as consultas sejam feitas on-line, com o objetivo de não propagar o vírus e, em contrapartida, não deixar os pacientes no momento em que mais precisam desassistidos visto que isolamento pode agravar muitos casos.

Até então, para todo atendimento on-line era necessário que o profissional realizasse o cadastro no e-Psi, para, só então, começar o trabalho remoto. Em nota, o Conselho Federal de Psicologia suspendeu essa determinação nos meses de março e abril a fim de facilitar os atendimentos, para não colocar em risco a saúde dos pacientes e dos profissionais.

A plataforma Vittude, referência em Psicologia Online no Brasil, já atuava de forma virtual, garantindo a segurança e comodidade dos pacientes. “Em momentos de insegurança e incerteza, o simples fato de ficar isolado em casa pode se tornar um gatilho para uma crise de ansiedade. Exatamente por isso, passa a ser fundamental o papel do psicólogo”, destaca Tatiana Pimenta, CEO e fundadora da Vittude.

Tatiana pontua, também, o papel da informação profissional para evitar o pânico. “Começamos essa semana uma série de lives em nosso Instagram. Todos os dias, às 20h (horário de Brasília), convido um dos psicólogos da Vittude para um debate sobre temas que estão tirando o sono de muitos. Estamos explicando como lidar com excesso de informações, como gerir a ansiedade, o estresse, o medo da solidão e o desconforto com o isolamento”.

Além disso, uma das situações que tem causado bastante preocupação é o volume de buscas por medicamentos psiquiátricos. Durante esse período de pandemia, os conteúdos com maior volume de acesso na Internet têm sido artigos sobre ansiedade, crise de ansiedade e informações sobre remédios como fluoxetina, rivotril, clonazepam, entre outros, compartilhou a CEO.

“É extremamente importante destacar que qualquer medicação precisa ser prescrita por um médico”, alerta a especialista. Segundo o psicólogo Célio Mota, o acompanhamento psicológico proporciona autoconhecimento de forma limpa e sincera consigo mesmo, o que pode trazer resultados incomparáveis para a saúde da psique e do corpo. Já a automedicação é um grande risco, pois erros simples podem ocorrer sem embasamento científico e causar danos irreversíveis.

Sobre a liberação da Terapia On-line

A Terapia Online já era liberada no Brasil antes da pandemia do coronavírus. A resolução CFP nº 011/2018 tornou possível a prática de orientação psicológica a distância e em tempo real, autorizando serviços on-line como: consultas e atendimentos psicológicos, processos de seleção de pessoal, supervisão técnica e aplicação de testes psicológicos, desde que devidamente autorizados pelo SATEPSI e normativas vigentes do CFP.

Os psicólogos Hélio Malka e Sandra Quero compartilham algumas dicas para que as pessoas mantenham
a saúde mental em dia. Confira!

1- Reduzir a exposição às notícias;
2 - Ocupar a mente com atividades diversas;
3 - Manter o pensamento positivo tendo ciência de que está fazendo a parte que lhe cabe e que não
temos controle sobre tudo e todos;
4 - Pensar no futuro, de forma moderada, e fazer planos positivos e prazerosos. Para quem não
consegue fazer isso sozinho, recomenda-se procurar ajuda de um psicólogo;
5 - Estabelecer uma rotina, um ritmo para o seu dia;
6- Manter os cuidados pessoais. Se arrume, mesmo para ficar em casa;
7- Buscar, na medida do possível, algumas atividades prazerosas para fazer como ouvir músicas, ler um
livro, um jogo em família, etc;
8- Usar a tecnologia para se conectar com as pessoas. O isolamento é físico e não emocional;
9 - Lembre-se que tudo é passageiro.

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