Boletim Epidemiológico

São Luís é a capital do Nordeste com mais casos de gestantes com HIV

Os dados, referentes a 2018, apontam que São Luís subiu de 2,6 casos para cada mil pessoas em 2008 para 5,7 em 2018.

Imirante.com, com informações do G1 MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h09
No ranking nacional, São Luís é a terceira capital com maiores taxas de detecção de HIV em gestantes.
No ranking nacional, São Luís é a terceira capital com maiores taxas de detecção de HIV em gestantes. (Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS – O último levantamento do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que São Luís é a primeira capital do Nordeste e a terceira do Brasil no ranking de maiores taxas de detecção de HIV em gestantes.

Os dados, referentes a 2018, apontam que São Luís subiu de 2,6 casos para cada mil pessoas em 2008 para 5,7 em 2018. O valor é bem acima da média nacional, que é de 2,9 casos para cada mil pessoas.

No ranking nordestino, Maceió (AL) aparece como a segunda capital com mais casos - 4,9 a cada 1.000 nascidos vivos -, seguida de Recife (PE) com 4,7 e Aracajú (SE) com 3,6. Entre as capitais de todo o Brasil, São Luís só fica atrás de Porto Alegre (RS) com 20,2 casos por mil nascidos e Florianópolis (SC) com 9,3.

No país inteiro, número de gestantes com HIV aumentou quase 37% nos últimos dez anos. Nesse período, as regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram maiores incrementos na taxa, de 87,5% e 118,1% respectivamente. Atualmente, 22,8% dos 8.621 casos de gestantes infectadas no Brasil em 2018 estão no Nordeste.

Na avaliação por Estados, as unidades federativas do Nordeste que registram um número de casos maior nesse período foram: Pernambuco (4.995), Bahia (4.837) e Ceará (3.489). No total nacional, o Maranhão está abaixo da média brasileira de 2,9 casos para cada mil pessoas. Dos 125.144 casos de gestantes infectadas por HIV registrados de 2000 até junho de 2019 em todo o Brasil, 2.983 foram no Maranhão.

Como é feito o teste rápido de HIV?

Os testes rápidos são realizados pela amostra de sangue ou com amostras de fluido oral. Dependendo do fabricante, podem também ser realizados com soro ou plasma. Eles podem ser feitos gratuitamente em diversas unidades de saúde, basta consultar os locais com a Secretaria Municipal de Saúde.

Qual a diferença entre HIV e Aids?

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) explica que o HIV é o vírus que pode levar à síndrome da Aids e que a infecção com o HIV não tem cura, mas tem tratamento e pode evitar que a pessoa chegue ao estágio mais avançado de presença do vírus no organismo, desenvolvendo, assim, a síndrome conhecida como Aids.

Segundo a médica infectologista Maristela Pastore Oliveira, da Unimed Bauru, nem todos os pacientes que possuem o HIV tem, necessariamente, a Aids. "Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus", explica.

Quais são as formas de transmissão e prevenção?

  • No momento, ainda não se fala em cura do HIV/Aids, mas há muita pesquisa sendo realizada sobre o assunto. Por isso, conhecer as formas de transmissão e como se prevenir é muito importante.
  • Vale ressaltar que o vírus causador da Aids está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno. Ele pode ser transmitido por meio de:
  • Relações sexuais sem preservativo;
  • Mãe (portadora do vírus) para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação;
  • Compartilhamento de agulha ou seringa com portadores de HIV;
  • Transfusão de sangue com presença do vírus HIV;
  • Instrumentos diversos (hospitalares, piercing, manicure) não esterilizados.
Para a prevenção da Aids, recomenda-se o uso de:

  • Preservativo durante as relações sexuais;
  • Utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados (sangue total, papa de hemácias, hemácias com poucos leucócitos e plasma) para transfusão.
  • Além disso, as mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) devem usar, com acompanhamento médico, antirretrovirais (medicamentos para impedir a multiplicação do vírus no organismo) durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos.

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