Protesto

Manifestações paralisam aulas na UFMA e IFMA nesta quarta

O movimento faz parte de uma ação dos estudantes e professores contra o bloqueio de verbas na educação.

Imirante.com, com informações do G1 MA e rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 11h13
O protesto bloqueou a avenida dos Portugueses.
O protesto bloqueou a avenida dos Portugueses. ( Foto: Douglas Pinto / TV Mirante)

SÃO LUÍS – Alguns estudantes e professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) deram início as manifestações contra o bloqueio de recursos anunciado pelo Ministério da Educação (MEC).

Com os protestos, que bloquearam a avenida dos Portugueses, na área Itaqui/Bacanga, em São Luís, as atividades no IFMA e UFMA ficarão paralisadas nesta quarta-feira (15). O movimento faz parte de uma ação dos estudantes e professores contra o bloqueio de verbas na educação e reforma da previdência.

Para Sirliane Paiva, presidente da Associação dos professores da UFMA, o corte das verbas feito pelo governo federal inviabiliza o progresso no ensino público brasileiro.

“O ensino público não tem condição de funcionar com os cortes. Nós não estamos falando somente das universidades, estamos falando do ensino técnico, do ensino médio, do corte na educação como um todo", disse Sirliane Paiva.

Ainda segundo a presidente da Associação dos professores da UFMA, as instituições de ensino superior não terão condições financeiras de funcionar após o mês de agosto.

"Há muito tempo que a universidade vem cortando e cada vez que a verba é cortada, a segurança diminui. Não existe a redução de dinheiro que não seja necessário cortar alguma coisa. Não estamos falando que os alunos vão ficar sem alimentação, porque existe uma quantidade grande de alunos que come todos os dias lá e que ficam na universidade o dia inteiro, cortar a alimentação será a última coisa a ser feita, mas a situação está ficando cada vez mais insustentável", disse Sirliane Paiva.

Segundo o repórter Domingos Ribeiro, rádio Mirante AM, um segundo ato da manifestação será realizado a partir das 15h na praça Deodoro, no Centro de São Luís.

Sobre o corte de verbas

Segundo informações do Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas.

O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.

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