Reclamação

Descaso no atendimento e burocracia causam revolta em familiares de pacientes

Nedina Ferreira, de 55 anos, vítima de um aneurisma cerebral, é um dos exemplos da falta de leitos nos hospitais públicos do Maranhão.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h15
Nedina Ferreira, de 55 anos.
Nedina Ferreira, de 55 anos. (Foto: reprodução / Lucas Vianna)

SÃO LUÍS – A falta de leitos nos hospitais do Maranhão ainda é um problema constante. Como retrato dessa situação, uma paciente, identificada como Nedina Ferreira, de 55 anos, vítima de um aneurisma cerebral, está internada no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1), onde esperava a liberação para a realização de um procedimento médico conhecido como angiografia, que é uma radiografia dos vasos sanguíneos que serve para avaliar a necessidade de uma intervenção cirúrgica.

De acordo com informações de Lucas Vianna, filho da paciente, antes de Nedina Ferreira dar entrada no Socorrão 1, ela havia ficado internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Araçagi, na Região Metropolitana de São Luís. Logo após, a paciente foi submetida a uma tomografia, no hospital Carlos Macieira. “Ela chegou na UPA muito mal, gritando e com um dos lados da face paralisados e sem abrir os olhos”, conta Lucas.

Ainda de acordo com Lucas Vianna, Nedina Ferreira veio da cidade de Olinda Nova, situada na Baixada Maranhense, em busca de atendimento. Entretanto, ela não foi transferida para fazer o exame de angiografia.

Lucas afirma ter sido informado que o procedimento não é realizado no hospital Socorrão 1 e que a liberação para a transferência da sua mãe está sendo dificultada por causa de inúmeras burocracias. “A situação dela é muito grave. O descaso com minha mãe e com outros pacientes é absurdo lá no Socorrão 1”, lamenta Lucas.

Procedimento

Após o caso ganhar repercussão e também por pressão dos familiares da paciente, Nedina Ferreira conseguiu realizar o procedimento de angiografia, nessa segunda-feira (6), no Hospital Universitário Presidente Dutra (HUUFMA), em São Luís.

Ainda de acordo com os familiares de Nedina, agora é esperado a autorização da regulação da paciente, que é um documento para que ela possa ser transferida para uma outra unidade de saúde.

Posicionamento

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que a paciente está regulada e aguarda transferência para o Hospital Universitário da UFMA de gestão municipal. A SES esclarece que o procedimento que necessita a paciente é realizado, exclusivamente, nesta unidade.

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