SÃO LUÍS - Com 107 trabalhadores resgatados em operações de trabalho escravo, o Maranhão ocupa o segundo lugar entre os Estados brasileiros que mais flagraram situações de trabalho análogas à escravidão durante 2015. O balanço foi apresentado nessa segunda-feira (25), em Fortaleza, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
Em primeiro lugar, aparece Minas Gerais, que resgatou 148 trabalhadores. Em terceiro, aparece o Rio de Janeiro (73) e, em quarto, o Ceará (70). O anúncio do balanço das ações ocorreu na semana em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (28 de janeiro).
Retrocesso
Tramita no Congresso Nacional um projeto que retira da noção de trabalho escravo as situações de jornada exaustiva e condições degradantes. O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Carlos Leonardo Holanda, considera que a proposta, se aprovada, pode provocar um retrocesso.
“Se essa mudança ocorrer, ano que vem estaremos aqui muito provavelmente dizendo que o trabalho escravo foi erradicado do país. Hoje, trabalhamos no que é mais caro ao trabalhador, que é sua dignidade, mas o Congresso Nacional está em vias de tornar isso uma letra vazia.”
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