Segurança Pública

Portela fala sobre assaltos a bancos no Maranhão

Só em 2016, foram registrados sete assaltos a bancos no Estado.

Paulo de Tarso Jr./Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36
Secretário de Segurança Pública foi entrevistado na Mirante AM.
Secretário de Segurança Pública foi entrevistado na Mirante AM. (Biné Morais/O Estado)

SÃO LUÍS – As estatísticas de assaltos e explosões de bancos no interior do Estado têm crescido nos últimos anos. Somente nestes primeiros dias de 2016, sete bancos foram alvo de assaltos em todo o Maranhão, sendo que seis agências bancárias foram explodidas.

Em entrevista à rádio Mirante AM nesta quinta-feira (14), o secretário Estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela, falou sobre a questão. Ele destacou que o problema afeta todo o país e citou a situação da Bahia e do Piauí, que possuem elevados índices de assaltos a agências bancárias, o que fez estes Estados a adotarem novas medidas de segurança.

“É um problema nacional que nem me preocupa. Temos uma violência extrema na Bahia, na fronteira do Piauí com o lado de lá do Estado. Estive reunido com o comandante da Polícia Militar do Piauí e com o secretário de Segurança do Piauí e eles narraram essa vinda de lá para cá. Eles já estão preocupados de fazer a contenção do meio do Estado para lá. É muita explosão de banco descendo para cá”, disse o secretário de Segurança Pública do Maranhão.

Na opinião de Portela, se os policiais maranhenses estiverem armados com fuzis, a ação criminosa no Estado tenderá a diminuir. Tanto que ele revelou o interesse do governo do Estado em “fazer uma grande compra” em breve.

“O crime tem a sua inteligência. Essa ação não é sem planejamento. Eles fazem levantamentos e sabem a força que vão atacar. Ontem, em conversa com o coronel Pereira [novo comandante-geral da Polícia Militar] sobre a necessidade de equipar os grupamentos do interior do Estado que têm treinamento especial. Temos Grupos de Operações Especiais (GOEs) no interior, mas falta dar a eles força instrumental para uma pronta resposta. A força do Estado tem de preponderar sobre a força criminosa. Não podemos ter enfrentamento com homens usando pistolas e bandidos usando fuzis”, destacou.

Mudança no Comando Geral

Nessa quarta-feira (13), o governo do Estado confirmou a mudança de comando da Polícia Militar. O coronel José Frederico Gomes Pereira, que estava no comando de Policiamento Especializado (CPE), assumirá o Comando Geral da PM substituindo o coronel Marco Antônio Alves da Silva. Questionado sobre o que motivou tal mudança, o secretário Jefferson Portela fez questão de não citar fatos isolados. Segundo ele, o planejamento para 2016 necessitava de uma mudança.

Portela enfatizou que o coronel Alves conseguiu avanços administrativos, mas deixou transparecer que eram necessários outros tipos de conquistas. “Considerando a evolução da criminalidade na Região Metropolitana, o coronel Alves avançou em aspectos administrativos, mas a realidade é algo que se impõe. Hoje, precisamos de um comando com a força operativa real policial muito forte. Não houve gota d’água. O coronel Alves é uma pessoa muito importante para o sistema de segurança, mas temos um planejamento para 2016 onde alguns perfis são muito importantes em cada ponto do sistema de segurança”, disse.

Em contrapartida, o secretário sinalizou que o objetivo do governo é fortalecer as operações policiais nas ruas. Tanto que o coronel Pereira assume o Comando Geral da PM com experiência no combate de operações de guerra na selva.

“O coronel Pereira é um homem com formação operacional. Foi oficial do Exército, foi formado no curso de combate de operações de guerra na selva e é o comandante de todas as forças especializadas do sistema de segurança da Polícia Militar”, elogiou Portela.

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