Dia Internacional da Terceira Idade

Dia do idoso: na terceira idade dormir bem é essencial

Especialistas ressaltam a importância do descanso nessa fase da vida.

Divulgação

Atualizada em 27/03/2022 às 11h50
(Foto: Divulgação )

SÃO LUÍS - A qualidade do sono traz inúmeros benefícios e todos eles remetem a uma maior longevidade, repleta de saúde e bem-estar. Um sono profundo, somado a outros hábitos saudáveis, como exercícios físicos e boa alimentação, é fundamental para a manutenção do corpo e da mente, pois regula funções vitais no organismo.

No decorrer dos anos, no entanto, o sono tem seu padrão alterado conforme a idade do indivíduo se acentua. Na terceira fase da vida, por exemplo, o sono se torna mais leve, o adormecer fica mais demorado, ocorrem interrupções durante a noite e, geralmente, o sono não ultrapassa oito horas – período recomendado por especialistas. “Isso acontece porque a melatonina, hormônio responsável pela regularização do sono, tem o seu pico máximo de produção no ser humano aos 3 anos de idade e, com o envelhecimento, a sua produção vai diminuindo. Uma pessoa de 60 anos possui a metade de melatonina de um indivíduo com 20”, explica Renata Federighi, consultora do sono. “Já aos 70 anos, os níveis são bem mais baixos, chegando, inclusive, a serem nulos em alguns casos”, complementa.

Embora os idosos fiquem apreensivos quando percebem que sua rotina de sono está se alterando, a consultora ressalta que o principal não é a quantidade de horas dormidas, mas sim, a qualidade. “Muitas pessoas acreditam que, porque dormem menos, estão dormindo mal, mas nem sempre uma coisa está relacionada à outra. Algumas pessoas chegam a ter oito horas diárias de sono, mas ainda assim se sentem cansadas quando acordam, mal-humoradas ou com dores no corpo”, esclarece.

Além destes fatores, as alterações da estrutura óssea dos idosos também devem ser avaliadas, pois nesta fase, por conta dos encurtamentos musculares que ocorrem nas regiões da coluna cervical e lombar, diafragma e membros inferiores, as pessoas vão ficando mais baixas, De acordo com a fisioterapeuta e especialista em Medicina do Sono, Carolina Carmona, fatores biológicos, traumatismos ou hábitos errôneos, também colaboram para a mudança na posição do indivíduo e do seu centro de gravidade. “Além disso, outro risco para os idosos são as possíveis quedas, que podem acontecer pela má postura e perda de equilíbrio”, alerta a especialista.

Sendo assim, é indispensável que o idoso mantenha o cuidado diário com a postura e adote medidas saudáveis para dormir, a fim de evitar dores e maiores problemas estruturais. Algumas dicas ajudam para que acidentes sejam evitados e a postura mantenha-se correta e sem traumas. Veja abaixo as recomendações da fisioterapeuta:

Ao levantar da cama

O idoso deve virar as pernas para o lado em que pretende levantar, apoiar os braços na cama e erguer o tronco. Em casos de repouso na cama por longos períodos é recomendado que mude sempre de posição e seja orientado e incentivado para tal, evitando assim um atrofiamento e o surgimento de úlceras de decúbito;

Produtos e condições que colaboram para a qualidade do sono

O travesseiro, o colchão e até mesmo a temperatura do ambiente contribuem para um sono renovador. Portanto, na hora de dormir, o idoso deve, preferencialmente, dormir de lado e utilizar um travesseiro que complete exatamente o espaço compreendido entre a cabeça e o colchão (formando um ângulo de 90 graus no pescoço), alinhando assim toda a coluna com o tronco. Isso facilita a circulação sanguínea e permite que os estímulos elétricos sejam perfeitamente enviados pelo cérebro aos órgãos do corpo;

Ir para cama somente quando tiver sono

O sono no idoso é mais fragmentado e menos profundo, sendo menos concentrado à noite e mais disperso no dia, por conta do ritmo biológico. É importante evitar assistir televisão ou ler um livro deitado, e procurar não ingerir chás e cafés, pois funcionam como estimulante. É muito importante manter a disciplina e tentar dormir sempre na mesma hora.

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