Maranhão

MA apresenta proposta ao Plano de Ciência para a Amazônia

O Maranhão é o segundo Estado a receber os assessores do CGEE, entidade que coordena o evento.

Divulgação/ Secom

Atualizada em 27/03/2022 às 12h11

SÃO LUÍS - Em busca da aplicação de novos modelos de desenvolvimento científico e tecnológico para a região da Amazônia Legal, o Maranhão apresentou, nesta quarta-feira (6), propostas que vão ajudar na construção do Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Amazônia.

As propostas foram discutidas em grupos de estudo, que debateram entre outras questões, a infraestrutura física e funcional para consolidar o plano; a importância da formação e qualificação de pessoal na região amazônica para assuntos de ciência e tecnologia; e a consolidação e ampliação dos pólos de inovação na região.

A secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Rosane Guerra, abriu o evento, que foi conduzido pelo assessor da presidência do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Henrique Villa. Teve a participação de representantes das universidades, do governo e de empresários.

A apresentação das propostas faz parte da 1ª Rodada de Consulta ao Plano de Ação em C&T para a Amazônia. O Maranhão é o segundo Estado a receber os assessores do CGEE, entidade que coordena o evento.

As sugestões coletadas nos Estados vão dar origem a uma versão preliminar do PCTI-Amazônia, que deve ser apresentada em julho, após o término das rodadas de consultas em todos os estados participantes desse debate. Até outubro de 2013, o Plano de Ação deve ser apresentado em sua versão final.

Para Rosane Guerra, a identificação das prioridades da região é o diferencial do projeto. "O desenvolvimento regional é o principal. Tanto que temos eixos que vão nortear nossos trabalhos até a apresentação preliminar do plano. As linhas de pesquisa tratam dos ambientes de inovação, da formação de recursos humanos e da infraestrutura para a pesquisa".

Além disso, o debate sobre crescimento aliado à preservação do ecossistema vai nortear os trabalhos. Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, nos últimos anos, houve uma queda significativa na área desmatada na Amazônia Legal. O último levantamento aponta redução de 27% entre no biênio 2011-2012 em relação ao período anterior avaliado (2010-2011).

Diferencial

O assessor da presidência do CGEE, Henrique Villa, explicou que o plano é pensando a médio e longo prazo. Foi elaborado a partir das observações feitas pelos gestores dos estados que levaram a ideia ao Ministério da Ciência e Tecnologia. "Tem como ponto de fundo a biodiversidade amazônica e como intenção achar soluções regionais e não individuais para cada estado. Serão levadas em consideração propostas do Maranhão, mas, também, que podem colaborar com a realidade do Pará, do Amazonas, do Mato Grosso e dos outros estados", explicou.

Até agora, o plano conta com 33 propostas estratégicas para o cumprimento da agenda de curto prazo - em prol da ciência e tecnologia - para a região amazônica. Dentre as apresentadas pelo Maranhão, o Projeto Infovias, de modernização e infraestrutura de comunicação entre municípios; o Maranhão Profissional, para capacitar técnicos e agregá-los à demanda do setor produtivo do estado; alem do Centro de pesquisa em corrosão e da Implantação do Pólo Tecnológico (Cidade Empresarial).

"O grande desafio do plano é achar modelos e propostas que olhem a região como um todo, trazendo soluções e oportunidades para a região amazônica em ciência, tecnologia e inovação e aguardar o surgimento de muitas outras propostas", observa Henrique Villa.

Até outubro de 2013, o Plano de Ação deve ser apresentado em sua versão final.Para o representante do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão (Sebrae-MA), José Morais, é importante fortalecer a dinâmica da economia da região sem desfigurar a Amazônia. "Aliar o desenvolvimento econômico e científico com a preservação da biodiversidade e manter o caminho do diálogo”, defendeu.

Já para o pró-reitor de pesquisa da Universidade Estadual do Maranhão, Porfírio Guerra, a formação de grupos de pesquisa diferentes, com foco no desenvolvimento da região amazônica pode contribuir para impulsionar diversos setores. "Vejo com bons olhos os trabalhos e com muita esperança de que poderemos aproveitar um leque de ações em favor da Amazônia".

O PCTI faz parte da Agenda de Curto Prazo para Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia para o triênio 2013-2015, complementar às agendas de fomento à CT&I realizadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia no âmbito da missão institucional que lhe cabe. A sua aplicação total deve acontecer nas próximas duas décadas.

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