NATAL - Governadores do Nordeste pediram hoje (8) a redução da burocracia para acessar recursos emergenciais de auxílio às vítimas das enchentes que atingem estados da região, que já provocaram mortes e deixaram milhares de desabrigados.
“Existe um controle inconcebível [na liberação do dinheiro] quando se está falando de famílias que perderam tudo e que precisam ser atendidas com urgência”, criticou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao chegar ao 10° Fórum de Governadores do Nordeste.
A expectativa de Campos é que o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, anuncie hoje medidas para acelerar a liberação desses recursos. “É possível ser responsável e ser rápido ao mesmo tempo”, acrescentou.
De acordo com a governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, Geddel já prometeu mudanças, como a redução “de 24 para quatro” no número de documentos exigidos para acessar os recursos.
Além de ações emergenciais, Wilma e o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, defenderam medidas de longo prazo para evitar a repetição de problemas causados pelas chuvas, como a melhoria de barragens e na infraestrutura urbana. “É necessário fazer obras preventivas para que não tenhamos o mesmo problema nos anos seguintes”, apontou a governadora.
“As enchentes trazem problemas que precisam ser resolvidos de imediato, com ações que ajudam o flagelados, aqueles que perderam tudo, e outras mais estruturais, que demandam mais tempo”, acrescentou Vilela.
Anfitriã da reunião de governadores, Wilma de Faria defendeu ainda o fortalecimento da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).
A governadora afirmou que vai tentar agendar uma reunião dos governadores do Nordeste com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir ações para as áreas atingidas pelas chuvas e a queda na arrecadação dos estados.
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