Com a mesma missão

O Estado: o jornal que mudou sua forma, sem perder a credibilidade

Com a mesma precisão no trato e cuidado com as informações, carregando o peso da tradição do jornalismo de excelência, periódico "sopra mais uma velinha" e completa 62 anos, ainda no cotidiano maranhense

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Na década de 1990, banca de anúncios de O Estado, no centro de São Luís (O Estado)

São Luís - Na era das redes sociais (que vieram para consolidarem-se em nossa rotina) e das avançadas tecnologias, os tradicionais veículos de comunicação precisaram se reinventar. Porém, sem perder a essência do bom trato com a informação, carregando o peso do jornalismo de excelência.

O jornal O Estado do Maranhão - ou O Estado, como é conhecido popularmente - que, neste sábado (1º de maio) completa 62 anos de história “sopra mais uma velinha” ainda no cotidiano das pessoas. Devido às novas plataformas de acesso à informação, o jornal mudou (e muda a cada dia) sua roupagem e a “cara” da empresa, ou seja, sua versão impressa migrou para outros dispositivos (tablets, celulares, e outros…).

A idade longa do jornal – que cobriu e cobre fatos históricos da vida dos maranhenses e de outras partes do Brasil e do mundo (como a pandemia do coronavírus) – fez com que o trato entre leitor (a) mudasse, porém sem perder a sua essência: a leitura matinal e contínua em outros períodos do dia (seja pela versão digital, pela própria boa e velha versão impressa ou ainda pelo site oestadoma.com).

Por meio do jornaleiro, do dono da banca de revista, pelo motoqueiro que ainda transporta jornal para a casa dos assinantes, o periódico ainda está sim no cotidiano, ainda que com a concorrência (em muitos aspectos ocorrendo de forma desleal) de outras ferramentas de divulgação de informações mais portáteis.

Nestes 62 anos, é sempre importante que o (a) leitor ou internauta rememore como tudo começou. Quem foram personagens mais importantes, quem são os atuais colaboradores (dos mais velhos aos mais jovens) e, principalmente, de que forma o jornal se molda para se adaptar aos tempos modernos em que, apesar do espaço dado a blogs e outras ferramentas, pode democratizar uma posição especial a um dos jornais mais importantes da comunicação local.

Um “órgão a serviço da verdade”
Nas últimas seis décadas e dois anos, a história do Maranhão foi registrada por O Estado, veículo de comunicação que se tornou divisor de águas na história da imprensa local.

Desde quando surgiu, a proposta era única: ou seja, de ser um “órgão a serviço da verdade”, conforme afirmado pelo texto publicado em sua primeira edição. Fundado em 1º de maio de 1959 pelo empresário e político Alberto Aboud, O Estado nasceu a partir do antigo Jornal do Dia. No mesmo ano, a empresa Jaguar Ltda. - com antigas instalações na Rua de Santana (Centro) - passou a editar o Jornal do Dia, sob o comando de Walbert Pinheiro.

A mudança para o nome de O Estado do Maranhão ocorreu em 1973, em uma iniciativa do então governador José Sarney e do poeta Bandeira Tribuzi, que assumiram o comando do periódico.

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A garantia de que a parceria Sarney/Tribuzi seria imprescindível ao jornal O Estado veio à luz em período posterior à luta pela permanência do vitorinismo no Maranhão.

No período em que há a mudança de nome e de concepção da direção do periódico, há ainda a alteração do endereço (do Centro para a atual sede, na Avenida Ana Jansen, no bairro São Francisco).

A substituição de nome coincidiu ainda com a primeira reforma gráfica e editorial do periódico, propiciada pela introdução das máquinas rotativas off-set e do sistema conhecido na ocasião como o de composição eletrônica.

O avanço modernizou a impressão e acelerou a tiragem do jornal, já que anteriormente o processo era praticamente artesanal e a impressão era feita com placas de chumbo quente. “O jornal O Estado estava inserido em nossa vontade de criar um amplo projeto comercial compatível com a transformação a que se submetia o Maranhão, que recebia indústrias e construía estradas, consolidando o seu crescimento. Era o momento ainda da São Luís/Teresina e erguimento do Porto do Itaqui. O jornal se lançou ainda como questionador, tanto que o primeiro editorial reivindicava a inclusão de uma universidade, até então inexistente no Maranhão”, frisou o fundador e ex-presidente da República, José Sarney.

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