São Luís- Depois de percorrer o Maranhão por dez anos em busca das origens da cultura popular maranhense, o fotógrafo Albani Ramos colhe os frutos desse trabalho primoroso. Ele apresenta, até o dia 30 de outubro, na Galeria Zona 5, na Rua do Alecrim, no centro de São Luís, a exposição “Brinquedos Encantados”, com visita guiada ou agendada sempre a partir das 14h.
“Brinquedos Encantados” reúne 40 fotografias, retratando imagens simbólicas e vibrantes de festejos indígenas de comunidades quilombolas, aqueles associados aos ciclos do catolicismo ou a outras religiosidades e tradições, herdados ou de criação espontânea, com destaque para manifestações pouco conhecidas.
O fotógrafo dá ênfase ao reisado de São João do Sóter, também forte em Caxias, e à Corrida de Ascensão, que ocorre em Penalva e em alguns outros locais. Não faltam belas imagens do tambor de crioula e do bumba meu boi. Afinal, a quantidade de festejos presentes no Maranhão é imensa e ocorrem em todas as regiões, o ano todo, constituindo elemento importante da identidade maranhense.
“A exposição, na verdade, é um recorte do livro ‘Brinquedos Encantados’, editado em 2004, que mostra um rico painel da cultura popular maranhense. O livro tem 64 páginas, onde apresentamos as fotografias, que incluem, ainda, a tradição das radiolas de reggae na Corrida de Ascensão, no povoado Prequeú, em Viana”, frisa o autor que, com o pesquisador Jandir Gonçalves, também descobriu o festejo do Pato Pelado em Rosário, e do São Bilibeu, realizado no povoado Taquaritiua, também no município de Viana.
A pé, de barco, caminhão pau de arara, trator ou em seu fusca amarelo, Albani Ramos visitou os mais distantes lugares do Maranhão, conversando, aprendendo e respeitando as mais diversas formas de manifestações da alma do povo maranhense.
Andanças
O fotógrafo é piauiense de Parnaíba e vive no Maranhão desde 1993, onde chegou atraído em grande parte pela riqueza da cultura, que vem documentando desde então. Em suas andanças pelos festejos, teve como mestre o pesquisador Jandir Gonçalves, grande conhecedor da cultura maranhense.
Albani diz que o Maranhão sempre o encantou e que ele sentiu vontade de conhecer o estado pelas histórias que ouviu contarem, pelos índios e pela cultura. Aos poucos, ele foi aprendendo a olhar a cultura maranhense.
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