Câncer de mama

Quatro cidades do MA têm menor número de mamografias no nordeste

Tutóia, Araioses, Presidente Dutra e Barra do Corda são as cidades com zero exames, segundo Instituto de Longevidade MAG

Ribamar Cunha / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Em 2020, foram realizados 17.954 exames de mamografia em mulheres de 50 a 59 anos, no Maranhão
Em 2020, foram realizados 17.954 exames de mamografia em mulheres de 50 a 59 anos, no Maranhão (mamografia)

São Luís - Este mês, também denominado Outubro Rosa, período em que se desenvolve campanha de conscientização visando alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, um estudo elaborado pelo Instituto de Longevidade MAG, denominado Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL 2020), revela um dado preocupante: Tutóia, Araioses, Presidente Dutra e Barra do Corda estão entre os cinco municípios da região Nordeste que apresentaram a menor quantidade de exames de mamografias realizadas (zero exames), considerando a categoria Cidades Pequenas.

Para a análise foi avaliada a quantidade de mamografias feitas em mulheres entre 50 a 69 anos para cada 10 mil habitantes. “Um dos papéis do Instituto é discutir os impactos sociais e econômicos do aumento da expectativa de vida no Brasil e, principalmente, a importância de políticas públicas voltadas para o envelhecimento, além de chamar a atenção da população para se preparar para essa fase da vida. O planejamento financeiro é fundamental para que as pessoas possam se programar para eventuais gastos com relação à saúde”, completa Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade MAG.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), informa que no Maranhão há 99 mamógrafos, em 37 estabelecimentos de saúde. Em 2020, no estado, foram realizadas 17.954 mamografias de rastreamento de câncer de mama em mulheres de 50 a 59 anos. Esse exame é indicado para esse público, sem sinais e sintomas da doença, a cada dois anos. Já em termos de mamografia diagnóstica, foram registradas 2.323 no mesmo período, no estado.

Câncer
O câncer de mama é uma doença rara em mulheres jovens e sua incidência começa a ser mais expressiva a partir dos 40 anos. A maior parte dos casos ocorre a partir dos 50 anos. Homens também desenvolvem câncer de mama, mas estima-se que a incidência nesse grupo represente apenas 1% de todos os casos da doença.

Excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para o ano de 2021 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. Para o Maranhão, o Inca estima este ano 840 novos casos.

De acordo com o Inca, o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa essa posição. A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 14,23 óbitos/100.000 mulheres, em 2019, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 16,14 e 15,08 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente.

Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, em 2019, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 16,1% do total. O Maranhão tem uma taxa estimada de 9,55 para cada 100 mil mulheres.

SAIBA MAIS

O Instituto de Longevidade MAG é uma instituição sem fins lucrativos que tem a missão de discutir os impactos sociais e econômicos do aumento da expectativa de vida no Brasil.

O Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL), promovido pelo Instituto de Longevidade MAG é um instrumento de medida do grau de preparação dos municípios brasileiros para o envelhecimento de suas comunidades. Fruto da parceria entre o Instituto de Longevidade MAG e a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP), por meio do IDL são reveladas as atuais condições de 876 cidades brasileiras, tendo em vista sua capacidade de atender às necessidades básicas de vida, destacadamente dos adultos mais idosos.

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