Multivacinação: 225.781 crianças e adolescentes devem ser imunizados
De acordo com a Semus, todas as vacinas têm procura baixa da população e estão com cobertura abaixo de 50%; primeiro dia de Campanha Nacional de Multivacinação em São Luís tem movimentação tímida
São Luís – Começou nesta sexta-feira (1º), a Campanha Nacional de Multivacinação, que tem o objetivo de ampliar o acesso às vacinas que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente, e, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), 225.781 pessoas estão convocadas, considerando a faixa etária da campanha, para a atualização da carteira de vacinação na capital maranhense. A finalidade é atualizar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade (até 14 anos, 11 meses e 29 dias), que tiveram as doses atrasadas, devido a Covid-19 e os protocolos de segurança.
“Vamos realizar, durante todo o mês de outubro, uma campanha de atualização vacinal em todos os postos de saúde do Município. São vacinas que estão em nossa rede de saúde o ano inteiro e que a população, caso não tenha tido acesso ou esteja em ciclo incompleto, deve procurar neste período. A Prefeitura tem trabalhado para manter toda população saudável, prevenindo casos de doenças. Por isso é importante que os pais possam levar seus filhos até uma das nossas unidades”, destaca o secretário municipal de Saúde, Joel Nunes.
Pela campanha, a Prefeitura está disponibilizando as vacinas BCG, Hepatite B, Penta, Polio, Polio oral, Polio inativada, Rotavírus, Pneumocócica 10- valente, Meningocócica C, Febre amarela, DTP, Hepatite A, Varicela, HPV quadrivalente, Difteria e tétano adulto, Tríplice viral, tetra viral, meningocócica ACWY e dTpa. Devem se vacinar crianças e jovens não imunizados ou com esquemas vacinais incompletos.
Tânia Abreu, desempregada, finalmente arranjou tempo para levar seus oito filhos para regularizar a vacina. Ela conta que acabou perdendo o prazo devido à dificuldade que possui em organizar suas crianças sozinhas entre os trabalhos. “Tenho oito filhos, e é muito difícil reunir todos e trazer eles para cá. Tanto que alguns ainda nem vacinaram, outros não tem carteira de vacinação, então acho necessário, mas um pouco complicado”, explica.
Baixa movimentação
Contudo, o primeiro dia de campanha ainda teve baixa movimentação nos postos de saúde. De acordo com a direção do Centro de Saúde do João Paulo, os dias de sexta-feira, quando começou a Campanha, possuem uma menor demanda por medo de efeitos colaterais durante o final de semana. Já o Centro de Saúde do Bairro de Fátima explicou que poucas crianças e adolescentes ainda precisavam vacinar, pois a maioria teve a carteirinha de vacinação atualizada durante a campanha contra o H1N1.
“Nós não podemos ter nossas vacinas atrasadas, principalmente as crianças, e por isso, sempre que víamos na carteirinha que haviam outras vacinas atrasadas durante a campanha da gripe, nós já vacinávamos e atualizávamos a carteirinha. Então, a maioria das crianças daqui da cidade já tá com a cobertura vacinal em dia, porque já estávamos fazendo isso”, diz Eslei Mendes, coordenadora de enfermagem do Centro de Saúde do Bairro de Fátima.
Vacinas com maior déficit
A Semus ainda destacou que todas as vacinas registram procura baixa da população e estão com coberturas abaixo de 50%, porém, as de BCG, Hepatite B e Febre Amarela estão as com maior déficit de aplicação no público. Essas vacinas contemplam doenças que já foram erradicadas no Brasil., porém, devido a redução da vacinação dos jovens, os casos voltaram a reaparecer.
SAIBA MAIS
Mais postos
Em São Luís, além dos postos de saúde municipais, o Governo do Estado disponibilizará pontos de vacinação nas Policlínicas dos bairros Cidade Operária, Vinhais e Vila Luizão, e no Hospital Genésio Rêgo e Hospital Aquiles Lisboa. As salas de imunização funcionarão de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Aos sábados, a vacinação pode ser realizada na Policlínica do bairro Vinhais, das 8h às 12h.
Nos demais municípios do Estado, os locais de vacinação serão administrados exclusivamente pelas gestões municipais.
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