Vacinação

Passam dos 50 mil os domiciliados em São Luís vacinados em Ribamar

Dado provém de estudo da Fiocruz sobre deslocamento da população em busca de imunizantes; Secretaria de Estado da Saúde diz que orienta os municípios maranhenses a seguirem as recomendações do Ministério da Saúde

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Para envio de doses das vacinas para os estados e municípios, é levada em consideração a população residente
Para envio de doses das vacinas para os estados e municípios, é levada em consideração a população residente (vacina contra a covid)

São Luís - Mais de 50 mil doses de vacinas disponibilizadas no município de São José de Ribamar foram aplicadas em pessoas domiciliadas em São Luís, segundo levantamento da Fiocruz, que mostra, entre outros dados, que 20% dos brasileiros já vacinados receberam a imunizante contra Covid-19 fora de seu município de residência.

Conforme o estudo da Fiocruz, a tendência de crescimento no percentual de procura por doses fora do município de residência, principalmente para a segunda dose, começou a ser observada a partir do mês de maio deste ano. O mesmo comportamento foi observado, com maior intensidade, no grupo prioritário de faixa etária.

Ontem, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que está orientando os municípios maranhenses a seguirem as recomendações do Ministério da Saúde (MS). E que, desde o dia 29 de agosto, orienta o que definiu nota técnica do Ministério da Saúde, ou seja, que a aplicação da segunda dose deve ser garantida independentemente da unidade federativa ou município em que a primeira foi aplicada, garantindo, assim, o esquema vacinal de toda a população brasileira.

A secretaria ressaltou que, para o envio de doses das vacinas contra a Covid-19 para os estados e municípios, é levada em consideração a população residente dos municípios. Assim, é possível garantir a quantidade de doses suficientes para a vacinação.

O órgão informou que, em caso de excepcionalidade, o estado deverá enviar relatório ao Ministério da Saúde com as informações necessárias para reanálise da distribuição de doses, fazendo uma equiparação entre os estados e municípios, sem prejuízos na operacionalização da campanha nacional.

O estudo da Fiocruz destacou, também, as tendências de crescimento do percentual nas outras categorias de grupos prioritários. E mostra que esse fluxo expressivo de pessoas que se deslocaram para se vacinar fora de seu município pode criar problemas para o plano de vacinação contra a Covid-19 em capitais e outras metrópoles, que funcionam como polos regionais de saúde, principalmente quando não há estratégias compartilhadas entre as próprias prefeituras, para implementar o Plano Nacional de Imunização contra o coronavírus.

Esses fluxos, em geral, não estão sendo considerados nas análises de cobertura dos municípios. Com isso, é muito provável que os percentuais apresentados não retratem a realidade, que ainda é sujeita a falta de um denominador confiável, por conta da ausência do Censo e o erro nas estimativas de projeções populacional, que ocorre, principalmente, em pequenas áreas.

SAIBA MAIS

Mais afetado

O estudo mostra que o município mais afetado pelo deslocamento da população em busca da vacina é o de São Paulo. Em uma lista selecionada de cidades que aplicaram a vacina em grupos superiores a 50 mil pessoas de outros municípios, a capital paulista já havia vacinado 677,8 mil moradores de seis cidades vizinhas – Guarulhos (235.240), Osasco (106.502), Santo André (99.540), Diadema (84.992), Taboão da Serra (80.296) e São Bernardo do Campo (71.255). Esse volume representa o equivalente a cerca de 5,5% da população paulistana, estimada pelo IBGE em 12,33 milhões para 2020.

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