Prevenção

Setembro Verde alerta sobre a prevenção do câncer de intestino

Professora do curso de Enfermagem explica medidas de prevenção à doença

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(vida)

São Paulo - Setembro é um mês que abraça diversas causas, dentre elas, ele é reconhecido como o mês de conscientização sobre o câncer de intestino. A campanha "Setembro verde", promovida pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), visa informar a população sobre a importância de realizar ações preventivas contra a doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de 36.360 novos casos por ano. Este tipo de câncer é o segundo mais incidente em mulheres e o terceiro entre os homens.

O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Em formato de tubo, ele se estende do final do estômago até o ânus. É por meio dele que o organismo absorve água e nutrientes e promove a eliminação de resíduos e toxinas pelas fezes.

A professora Tatiana Siqueira, do curso de Enfermagem da Faculdade Florence, comenta que uma das medidas preventivas contra a doença é a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos. "Por meio do exame, é possível identificar e retirar pequenas lesões benignas que podem se transformar em tumores, chamadas de pólipos. Encontramos pólipos em cerca de 20% das colonoscopias. Por isso é tão importante realizarmos o exame, pois ele pode evitar a evolução destas lesões para a doença", afirma Tatiana.

De acordo com a professora, quando o paciente faz o exame e não é encontrado nenhum pólipo, a indicação é que uma nova colonoscopia seja realizada após dez anos, se não houver nenhum caso de câncer de intestino na família, ou depois de cinco anos, caso a doença tenha afetado algum parente de primeiro grau. Naqueles em que são encontrados pólipos, os procedimentos vão depender da quantidade e do tamanho das lesões.

O diagnóstico da doença também é feito com a colonoscopia. O tipo de tratamento varia de acordo com o estágio no qual o tumor foi descoberto no intestino. "A cirurgia é a principal medida para o tratamento. Quando o câncer é diagnosticado precocemente, o procedimento pode ser realizado em condições melhores, com data marcada e por vídeo", conta a professora Tatiana.

A operação tira parte a parte do intestino afetada. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, quando necessário, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor.

Fatores de risco
A professora Tatiana conta que os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras). Conforme a professora Tatiana, os sintomas podem ser diversos. "Quando aparecem, normalmente são sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia (por causa das perdas sanguíneas nas fezes); perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); e massa (tumoração) abdominal", explica a professora Tatiana.

Prevenção
Além do exame, a professora Tatiana alerta que é preciso mudar os hábitos alimentares. "É preciso incluir mais frutas, legumes e verduras na alimentação, assim como evitar consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon). O tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas devem ser evitados. Praticar atividades físicas ajuda na prevenção", destaca.

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