Cuidados

Alimentação adequada ajuda na prevenção e combate à depressão

Atenção à alimentação é essencial, pois dependendo do consumo, ela pode ajudar ou prejudicar a saúde mental

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(salada)

São Luís- Um dos temas mais debatidos da atualidade é a importância de cuidar da saúde mental. Durante o mês de setembro, no qual a conscientização é trabalhada através do “Setembro Amarelo” com várias campanhas preventivas ao redor do Brasil, o tema ganha mais força e a discussão se torna ainda mais presente em diversos ambientes.

Vários profissionais podem auxiliar no combate aos transtornos mentais, como a depressão. O que muita gente não sabe é que, entre diversos tratamentos, o cuidado com a alimentação tem um papel expressivo para ajudar na reversão desse quadro. Nesse momento, é fundamental o trabalho do nutricionista, que pode dar orientações valiosas, para contribuir no tratamento de pessoas em estado depressivo.

Monique Nogueira, nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Estácio São Luís, relata que dependendo da alimentação, a pessoa pode prevenir ou agravar seu estado de ânimo. Alguns alimentos ricos em determinadas substâncias, inclusive, podem auxiliar na recuperação de pacientes com depressão.

“Certos alimentos ajudam na produção de serotonina, popularmente conhecido como hormônio da felicidade, por meio da regulação da flora intestinal, promovendo o relaxamento da pessoa e a sensação de bem-estar”, explica Monique, que acrescenta a importância da ingestão de substâncias como magnésio, fibras, ômega 3, triptofano e de probióticos, essenciais na modulação e mudança no ânimo do indivíduo.

Alimentos ligados ao bem-estar

A profissional também aponta substâncias relevantes para o bom funcionamento do cérebro, melhora do humor e da sensação de felicidade:

Ômega-3: É uma gordura boa e rica em eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA), ácidos graxos que melhoram o funcionamento do desempenho cerebral, combatem a depressão e reduzem a ansiedade. Alguns peixes como o atum, salmão, sardinha; as oleaginosas (castanhas, nozes e etc), frutas como o abacate e vegetais verdes (couve, brócolis e espinafre) são exemplos de fontes ricas em ômega-3.

Magnésio: Outro nutriente importante nessa mudança de quadro na saúde mental e diminuição dos sintomas da depressão é o magnésio. Esse mineral está presente em alimentos como a aveia, banana, linhaça, sementes de abóbora, castanha-do-pará, amêndoas, entre outros.

Triptofano: É um aminoácido que ajuda na produção de serotonina, gerando a sensação de bem-estar, além de ser efetivo na melhora do humor e na regulação do sono. As carnes, peixes, ovos, banana, chocolate meio amargo, abacaxi são alguns dos alimentos ricos em triptofano.

Vitaminas do complexo B: São vitaminas que regulam o sistema nervoso e participam na produção de serotonina. Elas estão presentes nos grãos integrais (arroz, aveia e centeio), pão integral, macarrão integral, vegetais verdes e banana.

Fibras: São compostos que promovem a saúde intestinal, fator diretamente ligado ao cérebro, melhorando o funcionamento dos neurotransmissores que ajudam no aumento do humor positivo e combate a depressão. Frutas, vegetais, legumes e alimentos integrais são ricos em fibras.

O que não pode ser ingerido

Em contraponto aos benefícios alimentares, a especialista recomenda evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar e de carboidratos refinados que estão associados diretamente ao aumento da glicemia e negativamente na produção da serotonina, além de gerarem ansiedade e inquietação.

Outro vilão dentro dessa dinâmica nutricional são as gorduras ruins, presentes em salsichas, linguiças, mortadelas, presunto de peru, comida pronta congelada, biscoito recheado e fast foods.

Além dos cuidados com a alimentação, na luta contra doenças que desequilibram a mente, é importante envolver uma rede multiprofissional para acompanhar e dar assistência integrada a quem sofre com esse tipo de transtorno, assim como dos seus familiares.

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