Saúde mental

Setembro amarelo: 5 dicas para gestores ajudarem a evitar o burnout nos colaboradores

Burnout, também chamado de esgotamento profissional, ou seja, é um estado de estresse extremo e crônico, geralmente provocado por sobrecarga ou excesso de trabalho.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(cansaço)

São Paulo - O mundo está doente, e segundo dados, não é só a pandemia causada pela Covid-19 que acende um alerta, mas também doenças relacionadas à saúde mental. De acordo com o Relatório da Felicidade Mundial, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Gallup em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população está mais triste e sofrendo mais do que nunca com depressão e ansiedade. No Brasil, os dados são mais alarmantes: o País que ocupava a 22ª posição no Ranking Mundial de Felicidade em 2017 caiu para o 41º lugar em 2020, com a menor média desde 2005. Um quadro crítico para uma nação que já ostenta o vergonhoso título de vice-campeã em casos de depressão nas Américas, com 5,8% da população - perdendo somente para os Estados Unidos -, além de ter 9,3% das pessoas diagnosticadas com síndromes relacionadas à ansiedade. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Uma dessas síndromes relacionadas é o burnout, também chamado de esgotamento profissional, ou seja, é um estado de estresse extremo e crônico, geralmente provocado por sobrecarga ou excesso de trabalho. O termo em inglês significa "queimar algo até o fim", portanto, quem sofre com a condição perde suas energias físicas e emocionais, por conta de uma rotina profissional desgastante. Mas, segundo a psicóloga, CEO e fundadora da Bee Touch - mental healthtech que mensura digitalmente riscos psicossociais que geram vulnerabilidade ao estresse e a problemas de saúde mental em empresas -, Ana Carolina Peuker, é uma doença evitável. "Recentemente nós vimos empresas como a Nike, Citibank e Bumble, por exemplo adotando medidas importantes, como por exemplo, afastar os colaboradores ao identificar sinais claros de esgotamento e até a diminuição do tempo das reuniões", explica. A especialista preparou orientações práticas para ajudar os gestores a agir de forma preventiva para evitar danos irreparáveis aos colaboradores.

1- Devolva o controle
Pequenas flexibilizações na carga horária de trabalho e oferta de autonomia ao trabalhador sobre como gerenciá-la pode aumentar seus níveis de bem-estar e sensação de controle sobre as suas tarefas. Para a saúde mental, essa flexibilização é de extrema importância.

2- Permita que as pessoas recarreguem
Ajude seus colaboradores a desconectarem do trabalho, após o fim do expediente. Mensagens no whatsapp fora do horário de trabalho, demandas de última hora ao final do dia, entre outras ações que impedem o descanso, devem ser evitadas. Ajude-os a se conectarem com suas famílias e seus momentos de lazer, pois isso terá, certamente, um impacto positivo na vida laboral e pessoal deles.

3- Crie uma cultura de cuidado emocional
Em vez de esperar que as pessoas se esgotem, é melhor encorajá-las ao autocuidado e fornecer canais para que possam buscar ajuda precoce, antes de chegarem no estágio de exaustão. Conversar com os colaboradores, entender os problemas, até mesmo pessoais e profissionais é muito importante para identificar os primeiros sinais de burnout e depressão, por exemplo.

4- Forneça recursos sustentáveis para apoio psicológico
Programas corporativos de saúde mental podem trazer inúmeros benefícios para as pessoas e para a organização, incluindo a redução de custos por afastamentos e aumento do engajamento e da produtividade. Ações isoladas não são suficientes.

5- Promova uma cultura emocional positiva
Ambientes com maiores níveis de ansiedade e estresse fazem as pessoas assumirem perspectivas mais negativas e prejudicam a resolução de problemas. Por isso, é importante manter uma cultura de "segurança psicológica".


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