Vida moderna

Sem energia

Sono excessivo, dores no corpo, dor de cabeça, falta de ar, indisposição física e estresse são alguns dos sintomas da fadiga ou cansaço e que, em alguns casos, podem ter até ser confundidos com os de doenças mais graves

Juliene Hidelfonso/ Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56
Cansaço ou fadiga pode interferir na saúde e na rotina no dia a dia
Cansaço ou fadiga pode interferir na saúde e na rotina no dia a dia (Cansaço)

Acordar cedo, ir para o trabalho ou para faculdade, levar as crianças para escola. Passar o dia na correria pode levar o corpo e a mente à exaustão. Muitos homens, mulheres, jovens e crianças já reclamaram de estar com sono excessivo, dores no corpo, estressados, com falta de ar ou indisposição física sem imaginar que esses são sintomas característicos da fadiga, popularmente chamada de cansaço, e, sem um diagnóstico médico do que sentem, não mudam a rotina ou até mesmo pequenos hábitos para que haja melhora.

O estudante de jornalismo Moysan Alves sente-se muito cansado no dia a dia. Ele, além de estudar, trabalha e passa o dia fora de casa, o que faz com que sua rotina seja ainda mais cansativa. “Sinto muito sono; falta de ar;, dor nas articulações, coluna, cintura e nos ombros. Às vezes acho que tudo isso pode ser consequência do excesso de peso, então tento manter uma alimentação saudável para emagrecer”, conta o estudante.

A rotina de Moysan Alves é como a de muitas pessoas. Acorda cedo, vai para o trabalho carregando uma mochila pesada nas costas e lá passa a manhã atento a tudo para não deixar que nenhuma notícia passe despercebida. Seus dias têm se tornado ainda mais cansativos, pois está escrevendo a monografia de conclusão de curso. “É uma carga de energia muito grande, nem tanto física, mas principalmente mental. Sinto muita pressão, estresse e às vezes até tontura”, afirma. Desde que começou a estudar pela manhã e à tarde e estagiar à noite, sua vida passou a ter um ritmo mais acelerado e, para diminuir os efeitos do cansaço extremo que sente, teve que abrir mão de um curso em uma faculdade e criar uma rotina de descanso. ”Nos fins de semana, eu repouso ao máximo, acordo um pouco mais tarde do que normalmente, tento tirar durante um cochilo de 25 minutos, o que já é o suficiente e mudei minha alimentação, como menos arroz e mais salada e frutas”, acrescenta o estudante.

A nutricionista Roseane Sobrinho explica que o cansaço pode ser ocasionado por uma má alimentação. Carência de vitaminas, nutrientes e sais minerais e o sedentarismo fazem uma pessoa se sentir cansada diariamente. O cansaço é uma condição constante do corpo, que causa indisposição, falta de concentração e acaba atrapalhando o trabalho e o dia a dia de quem o sente.

Para tratar os efeitos do cansaço, mudanças na rotina são cruciais. A nutricionista acrescenta que fazer caminhada e manter uma alimentação saudável e rica em fibras são adequados para quem se encontra nessa condição, pois o cansaço causa indisposição. “Uma alimentação rica em carboidratos, acarreta um maior cansaço, porque o corpo tem dificuldade para digerir as calorias. As pessoas podem fazer uma dieta para melhorar, com uma alimentação o mais natural possível, rica em fibras, chás, alimentos com cafeína, tomando café pela manhã e à tarde porque a cafeína ajuda o corpo a ficar mais disposto”, afirma a nutricionista.

Juliana Rabêlo é farmacêutica e sofre com o problema. Além de excesso de sono, fraqueza e indisposição, sente-se muito estressada com a correria do dia a dia. “A rotina, o trânsito, engarrafamento, preocupação no trabalho. Tudo isso me deixa ainda mais cansada”, conta ela.

Mas manter uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras e vegetais fibrosos não foram suficientes para restabelecer o bem-estar de Juliana Rabêlo, o que a fez acreditar que o problema possa ser hormonal, porém, ainda não fez consulta a um médico para o diagnóstico. “Sinto dores de cabeça, falta de apetite, ou então fome demais, falta de concentração para estudar ou trabalhar e também sou muito sedentária, o que só piora os sintomas”, conta a farmacêutica.

Fadiga atinge mais as mulheres hoje

A neurologista Aline Borges explica que, atualmente, as mulheres são as mais acometidas pela fadiga. “Um em cada cinco indivíduos será acometido em algum momento da sua vida por esses sintomas, e um em cada 10 apresentará sintomas de fadiga crônica. Cansaço e fadiga são sinônimos, e significam sensação de falta de energia para realizar suas atividades habituais. Cansaço é usado mais na linguagem coloquial e deve-se ter cuidado com essa terminologia por algumas pessoas usarem também no sentido de falta de ar”, explica.

Segundo a neurologista, o caso de Juliana pode ser hormonal ou não, pois, o cansaço pode surgir de diversos problemas. “Algumas doenças podem ser confundidas com fadiga crônica, como doenças pulmonares e cardiovasculares ou alterações hormonais e, por isso, a avaliação do médico é sempre essencial”, orienta Aline Borges.

Cansaço mental

Cansaço mental e físico são diferentes, para combater o cansaço mental, que acomete muitas pessoas seguem dicas:

Para vencer o cansaço mental é aconselhado relaxar, dormir pelo menos 8 horas por dia e alimentar-se corretamente
Relaxar antes de dormir, tomando um banho quente ou um chá quente;
Beber bastante água durante o dia
Manter alimentação saudável com legumes e frutas, evitando comidas gordurosas e açucaradas
Divertir-se com os amigos e a família
Receber uma massagem
Tirar férias
Fazer exercícios físicos regularmente e caminhadas

Via: tuasaude.com

Cansaço

Sintomas - Os mais comumente observados são alteração do sono; ganho ou perda de peso; alteração do ritmo intestinal; ansiedade e, até mesmo, a síndrome de "burnout", que significa um esgotamento físico e mental intensos.

Causas - O estilo de vida está estreitamente relacionado ao aparecimento dos sintomas; o excesso de atividade profissional sem tempo para o lazer; a falta de prática de atividade física; consumo de bebida alcoólica e alimentação desequilibrada.

Tratamentos - avaliação médica é essencial para descobrir as causas dos sintomas e a partir daí, buscar um tipo de tratamento específico para cada pessoa para que o problema não se torne constante e até mesmo para averiguar se os sintomas não são causados por doenças graves.

Informações cedidas pela neurologista Aline Borges

“A rotina, o trânsito, engarrafamento, preocupação no trabalho. Tudo isso me deixa ainda mais cansada”

Juliana Rabêlo, farmacêutica

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