Investigação

Desarticuladas ações de faccionados em presídios

Criminosos planejavam executar diretor-adjunto de presídio que atrapalhou fuga de membros do bando; Operação Panteão, da Polícia Federal, foi realizada no Maranhão e outros estados

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Polícia Federal vinha investigando há mais de um ano as ações de faccionados dentro do presídio
Polícia Federal vinha investigando há mais de um ano as ações de faccionados dentro do presídio (Operação)

São Luís - A Polícia Federal (PF) realizou ontem a Operação Panteão, com o objetivo de desarticular uma facção criminosa com atuação dentro dos presídios do Maranhão. A polícia informou que os faccionados pretendiam executar o diretor-adjunto de uma das unidades prisionais do interior do estado.

De acordo com as informações da PF, os policiais tinham a missão de cumprir 18 mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão. As incursões ocorreram na capital maranhense, Colinas, Imperatriz, Buriticupu, Caxias, Timon, além da cidade mineira de Uberaba, Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul; e no município paulista de São Vicente.

Segundo a PF, os envolvidos foram ouvidos e o material apreendido, entre ele celulares, serão periciados. O resultado do exame pericial vai ser anexado ao inquérito policial e, posteriormente, encaminhado ao Ministério Público Federal e ao Poder Judiciário.

Investigação

A Polícia Federal recebeu a denúncia de que presidiários, considerados “cabeças” de facções criminosas, estavam realizando ações ilegais e dando ordens a outros faccionados, fora das unidades prisionais.

A polícia começou a investigar o caso e, de imediato, identificou prováveis funções exercidas pela maior parte dos investigados dentro da estrutura criminosa. Seis deles, atualmente, exerciam a função de liderança dessa organização criminosa.

A polícia também conseguiu constatar que os faccionados tinham um planejamento de execuções, com alvo em pessoas ligadas a facções rivais. Um das vítimas seria um diretor-adjunto de uma unidade prisional do interior do Maranhão, em razão de ele ter frustrado a fuga de dois importantes integrantes do grupo criminoso.

Ainda durante as investigações, os policiais federais, com apoio de outras forças de segurança pública, conseguiram efetuar a prisão, em flagrante, de dois faccionais suspeitos de tráfico de drogas no Maranhão. Segundo a polícia, os investigados poderão responder criminalmente por integrarem organização criminosa, crime previsto no art. 2º da Lei 12.850/13, com pena que pode chegar até oito anos de reclusão.

Outra ação

Na primeira semana deste mês, foram cumpridos 12 mandados de prisão nas unidades prisionais das cidades de Vargem Grande e Coroatá. Segundo a polícia, os custodiados, mesmo dentro do presídio, eram suspeitos de comandar o tráfico de drogas no interior do estado e ainda coordenar outras empreitadas criminosas, como roubo e assassinatos.

A polícia informou que o trabalho investigativo durou mais de um ano. Os suspeitos dessa empreitada criminosa foram identificados e tiveram a prisão solicitada ao Poder Judiciário. Além de cumprir 12 mandados de prisão nas unidades prisionais, a polícia efetuou a prisão de 19 criminosos por determinação judicial.

SAIBA MAIS

A Operação foi denominada de Panteão em referência ao conjunto de deuses de religiões. Muitos líderes criminosos acreditam que são intocáveis e chegam a ser idolatrado por alguns dos integrantes do seu grupo.

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