Análise genética

Família identifica desaparecido pelo DNA no Maranhão

Campanha do Ministério da Justiça já ajudou a identificar 18 pessoas por restos mortais no país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Análise genética de restos mortais já identificou 18 desaparecidos
Análise genética de restos mortais já identificou 18 desaparecidos (dna identifica)

A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas possibilitou, até agora, que dezoito famílias do país tivessem informação sobre entes que haviam desaparecido. No Maranhão, uma família identificou restos mortais de ente desaparecido. A identificação foi realizada pelo banco estadual de perfis genéticos.
Além do Maranhão, a identificação dos restos mortais foi constatada nos estados do Espírito Santo (1), Goiás (1), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (7) e no Distrito Federal (3).

A campanha foi desenvolvida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em parceria com os estados. A ação, realizada de 14 a 18 de junho em todo o país, coletou o material genético de quase 2 mil famílias que têm algum parente desaparecido.

“O intuito da ação é amenizar o sofrimento de famílias que ainda vivem o luto de ter um ente desaparecido ou não identificado. Esperamos que a população continue doando seu DNA para que mais confirmações sejam realizadas”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

É importante ressaltar que familiares podem continuar buscando os pontos para doar seus materiais genéticos. Mais de 150 pontos em todo o Brasil dão prosseguimento à coleta. Saiba mais em: www.gov.br/mj/desaparecidos.

Após a coleta, o DNA é enviado para o laboratório de genética forense da instituição de perícia oficial dos estados, onde é analisado e o perfil genético obtido é enviado ao Banco Nacional de Perfis Genéticos. No BNPG, o perfil genético coletado é comparado com os perfis de pessoas de identidade desconhecida, de pessoas que buscam por seus familiares e de restos mortais não identificados.

O perfil genético da família só é retirado do banco após a identificação. Isso permite novas buscas à medida que os cadáveres e as pessoas de identidade desconhecida sejam cadastrados. Se a pessoa que desapareceu for encontrada, a família será avisada pela Delegacia ou Instituto Médico Legal.

Hoje, o Banco Nacional de Perfis Genéticos tem 4.169 restos mortais não identificados e material genético de 3.152 parentes de pessoas desaparecidas.

Comitê

A iniciativa receberá o apoio de um comitê que conta com a participação de integrantes dos ministérios da Saúde e da Cidadania, do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, das perícias criminais, dos conselhos tutelares, dos conselhos dos direitos humanos e da sociedade civil. O comitê ficará responsável, entre outras atribuições, pela implementação e monitoramento da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas.

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