Sem informações

Mais de 700 pessoas desapareceram durante o ano passado no estado

Dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança revelaram 781 casos de desaparecimento de pessoas no Maranhão durante o ano de 2016; Disque-Denúncia afirmou que, atualmente, 15 pessoas constam no banco de dados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Desaparecidos tem imagem e seus nomes informados pelo Disque-Denúncia do Maranhão
Desaparecidos tem imagem e seus nomes informados pelo Disque-Denúncia do Maranhão (Desaparecidos)

Um total de 781 pessoas desapareceu no Maranhão durante o ano passado, enquanto, no ano anterior, foram registrados 865 casos, segundo dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Na sexta-feira, 10, havia 15 casos de pessoas desaparecidas na Ilha de São Luís, registrados no Programa Desaparecidos, que faz parte das ações desenvolvidas pelo Disque-Denúncia do Maranhão. Também durante a semana que passou, a Câmara Federal aprovou a criação de cadastro nacional único de desaparecidos.

“Há vários casos de desaparecimento no estado que não são registrados em delegacias”, disse o coordenador adjunto do Disque-Denúncia no Maranhão, Fabiano Simões. Ele informou que um dos casos mais recente ocorreu no dia 29 de outubro, e a vítima foi identificada como Josilene Costa da Costa, de 26 anos. Ela havia saído da capital para trabalhar em uma residência, na cidade de Santa Inês, e não foi mais encontrada, nem manteve contato com seus familiares.

No dia 19 de julho deste ano ocorreu o desaparecimento de Francisco do Desterro de Assunção, 60 anos, que foi visto pela última vez nas proximidades de uma farmácia na Cidade Operária. No mês de maio deste ano, dois casos de desaparecimento foram registrados no Disque-Denúncia do Maranhão e as pessoas foram identificadas como Lorena Luiza da Silva Furtado, 16 anos, e Fredson Silva Rosa, 33 anos.

Em abril, a polícia registrou o desaparecimento de Carlos Wender Pereira, 28 anos. De acordo com as informações da polícia, ele é morador do Bairro de Fátima e teria ido receber um dinheiro nas mãos de um homem, não identificado, nas proximidades de sua residência.

Pedrinhas
Ellen Adrielle Silva dos Santos, 24 anos, até o último dia 6 permanecia no banco de dados do Disque-Denúncia do Maranhão como desaparecida, mas, a polícia acabou constatando que ela havia sido assassinada no dia 30 de setembro de 2015. O delegado Marcos Affonso Júnior, da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), informou que o interno do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, identificado como Adenilson Cantanhede Ramos, Dedê, teria ordenado aos integrantes de facção criminosa, Ezequiel Rabelo Lopes e Eleson Rabelo Castro, executarem Ellen
Adriellen Silva dos Santos, que era ex-namorada do presidiário; e Jhon Marley Araújo Ferreira. A motivação desse crime teria sido por ciúmes. “A ordem para matar essas duas vítimas foi dada pelo presidiário Dedê”, afirmou o delegado Marcos Affonso Júnior.

O delegado disse que Dedê ordenou a execução de dentro da penitenciária, após saber que a ex-namorada estava tendo uma relação amorosa com a outra vítima, Jhon Marley. Inclusive, quando Jhon Marley foi morto a tiros, no dia 10 de setembro de 2015, estava em companhia de Ellen Adriellen, na área Itaqui-Bacanga. Enquanto, Ellen Adrielle foi morta no dia 30 daquele mês e o seu corpo jogado em uma área de lixão, na área da Vila do Povo, em Paço do Lumiar.

Caso Ícaro
Após mais de nove anos de seu desaparecimento, Ícaro Ferreira Rodrigues ainda não foi localizado. Ele foi levado no dia 4 de setembro de 2008 da residência da sua mãe, Itanilce Ferreira, na Vila Goreth, na área da Camboa, quando tinha 37 dias de nascido.

Nessa época, a polícia informou que o principal suspeito do crime seria um homem que, minutos antes do desaparecimento da criança, havia ido à casa de Itanilce Rodrigues para comprar um saco de carvão.
Foi confeccionado um retrato-falado do suspeito, mas ele nunca foi localizado pela polícia. A investigação sobre o caso continua sob a responsabilidade da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com sede na Avenida Beira-Mar.


SAIBA MAIS

A Câmara Federal dos Deputados aprovou na última quinta-feira o projeto de lei que cria um cadastro nacional único de pessoas desaparecidas para agilizar a busca de desaparecidos no Brasil e o texto vai seguir também para aprovação no Senado, em Brasília. A implantação e coordenação do cadastro ficarão a cargo do Ministério da Justiça. Os demais órgãos de segurança pública estaduais e federais ficarão responsáveis pela atualização dos dados sob pena de ficarem sem receber repasses voluntários da União.

Fique sabendo

Número do Disque Denúncia: 3223-5800 (Região Metropolitana), 0300-313-5800 (municípios do interior do Estado) e (98) 99224-8660 (WhatsApp).

Vítimas desaparecidas que estão no banco de dados do Disque Denúncia do Maranhão

Josilene Costa da Costa, de 26 anos
Francisco do Desterro de Assunção, de 60 anos
Lorena Luiza da Silva Furtado, de 16 anos
Fredson Silva Rosa, de 33 anos
Carlos Wender Pereira, 28 anos
Eduardo Andrade Costa da Silva, de 30 anos
Isaac Neves Rodrigues, de 33 anos
João Ribamar Oliveira Moraes, de 32 anos
Valdevino Torquato Correa, de 63 anos
Edvaldo Sousa da Costa, de 40 anos
Elisson Vinivius Soares Rocha, de 16 anos
Thallyson Diniz Cardoso, de 15 anos
Walter Marlino Santos Pereira, de 40 anos
Paulo Ricardo de L. Teixeira, de 42 anos
Dellyson de Jesus Vieira, de 17 anos

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