Fadinha concorre a prêmio do COI pelo seu "espírito olímpico"

SÃO LUÍS - Mesmo depois da sua participação histórica nas Olimpíadas de Tóquio, quando se tornou, aos 13 anos, a atleta mais nova a subir em um pódio olímpico na história do esporte do Brasil, a skatista maranhense Rayssa Leal, a Fadinha, encontou o Brasil e o mundo, também, pela maneira leve que ela encarou a competição: dançando, abraçando e vibrando com as adversárias, além de seguir vibrando com os jogos mesmo após a sua participação. Diante deste cenário, a atleta de Imperatriz está concorrendo agora ao Visa Award, prêmio do Comitê Olímpico Internacional (COI) que homenageia o/a atleta que mais se destacou no “Espirito Olímpico” em uma edição do evento.

A láurea é oferecida pelo COI, em parceria com uma empresa operadora de cartões de crédito, e “vai reconhecer o/a atleta que melhor represente o Espírito Olímpico dessa edição”, diz texto publicado no site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A votação já está aberta no site do COI e será encerrada no dia 9 deste mês. O vencedor será anunciado em uma cerimônia online. O esportista escolhido receberá 50 mil dólares para doar a uma instituição social de sua escolha. O público pode votar pelo site oficial da premiação: https://olympics.com/tokyo-2020/en/fanzone/olympic-visa-moments/.

Torcida por outros atletas

Uma das cenas que marcou a presença de Rayssa Leal nos jogos de Tóquio, mesmo após o fim da sua participação, além das dancinhas, abraços e vibrações pelas concorrentes , foi quando ela voltou a estourar o “fofurômetro” na internet ao aparecer chorando após uma sessão histórica da amiga e também skatista Sky Brown, japonesa, também de 13 anos, que compete pela Grã-Bretanha.

Sky levou os telespectadores e amantes do skate à loucura ao arrancar uma medalha de bronze na sua última volta na modalidade Park e a Fadinha fez um vídeo no qual aparece chorando no momento da apresentação da amiga. Rayssa torceu bastante também para as brasileiras que estavam na prova, Dora Varella, Isadora Pacheco e Yndiara Asp, que não conseguiram medalhas.

“Muito bem, minha amiga! Estou tão orgulhosa de você!. Parabéns a todas as meninas! Surpreendente!”, escreveu Rayssa, parabenizando a amiga e também as outras competidoras, em inglês.

De volta à escola

Fadas também estudam! Com esta frase, Rayssa Leal anunciou, na quarta-feira, 4, o seu retorno aos estudos, após as Olimpíadas de Tóquio e reabertura das instituições de ensino no Maranhão neste momento de pandemia.

Com 13 anos, a atleta de Imperatriz cursa o 8º ano e estuda no período da tarde em uma escola particular da cidade. Rayssa foi homenageada com um mural na entrada da escola, que reproduz ela em uma de suas manobras no skate. E ela, lógico, levou sua medalha de prata para mostrar aos colegas e professores.

Feliz, exibindo sua medalha e cumprindo os protocolos de segurança, Rayssa fez fotos no seu retorna à escola e escreveu: “Fadas tbm estudam! Eu tava morrendo de saudade da minha escola, dos meus professores e dos meus amigos! Hoje, quando voltei, fiquei muito emocionada com essa surpresa linda! Uma parede todinha para mim. A minha escola sempre me incentivou e estiveram ao meu lado durante toda a minha trajetória. É muito bom estar de volta. Obrigada! Vocês foram essenciais para a conquista desse sonho”, disse, exibindo várias fotos, inclusive uma com o seu mural ao fundo.

Antes mesmo de voltar para escola, a Fadinha já havia manifestando o desejo de mostrar sua medalha aos amigos.

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