Covid-19

Maranhão desativou leitos antes de flexibilizar restrições

Desde o dia 9 de julho - 11 dias antes da redução das restrições -, até ontem, boletins emitidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que já houve o fechamento de 180 leitos para pacientes do novo coronavírus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
(Leitos de UTI em Porto Franco)

SÃO LUÍS - Com a redução dos registros diários de novos casos e óbitos por Covid-19 no Maranhão nas últimas semanas, o Governo do Estado decidiu desativar leitos exclusivos para pacientes infectados antes mesmo de anunciar a mais recente flexibilização de medidas em território maranhense.

Desde o dia 9 de julho - 11 dias antes da redução das restrições -, até ontem, boletins emitidos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que já houve o fechamento de 180 leitos para pacientes do novo coronavírus.

A Região Metropolitana de São Luís foi a mais afetada. Foram fechados nesse intervalo 62 leitos clínicos, e outros 20 de Unidade Terapia Intensiva (UTI).

Mas o interior também teve reduzido o número de unidades. Em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão foram fechados 20 leitos clínicos. Nas demais regiões, há hoje 46 leitos clínicos a menos, e 32 de UTI.

Em entrevista coletiva na terça-feira, 20, o governador Flávio Dino (PSB) justificou a medida. Segundo ele, os leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 foram destinados para outras finalidades em virtude da queda nas taxas de ocupação em todo o estado.

"A taxa de ocupação de leitos segue em declínio, permitindo, inclusive, a retomada de estruturas hospitalares para cirurgias eletivas, com a destinação de leitos que antes eram exclusivamente Covid para outras finalidades que pressionam nosso sistema de saúde”, disse.

O socialista acrescentou que, mesmo com a redução recente de unidades, a taxa percentual de ocupação segue em queda.

"Apesar de redimensionamento, essa redistribuição de leitos entre leitos exclusivos para coronavirus e leitos com outras finalidades, no que se refere a leitos para coronavirus, nós seguimos uma tendência de declínio”, completou.

Vacinação

Ao anunciar a maior flexibilização de medidas restritivas no Maranhão desde o início da pandemia da Covid-19, o governador apontou, em coletiva na terça-feira, um cenário “de moderado otimismo” para justificar a postura.

Segundo ele, o avanço da vacinação no Maranhão tem sustentado queda nos números de novos casos, novos óbitos e internações em unidades de saúde por conta do novo coronavírus - embora dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), reportados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), indiquem que apenas 37,69% dos moradores do estado já haviam tomado pelo menos a primeira dose de imunizantes contra a infecção (outros 12,06% já tomaram as duas doses.

“A vacina e a vacinação são os principais vetores pelos quais nós temos essa tendência de queda, tanto no que se refere a casos, quanto internações, quanto a óbitos. Essa é nossa avaliação hoje”, destacou.

Apesar do panorama positivo no momento, Dino aponta a necessidade de se estar atento ao surgimento de novas variantes e preocupação em não se achar que o cenário atual não pode voltar a piorar.

"Não há, hoje, no mundo, alguém que possa ter certeza de 100% de que essas tendências vão se confirmar, não há alguém que consiga afirmar que as tendências são estas de modo inexorável. Nós estamos vendo países do mundo enfrentando novas dificuldades, com novas variantes, então, eu faço questão de fazer essas entrevistas coletivas com frequência exatamente porque a avaliação é feita semana a semana. A nossa avaliação, hoje, é que a tendência é de queda”, disse, acrescentando que novas restrições podem voltar a ser postas em efeito caso o quadro mude.

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