Maranhão - Quadrilheiros instalaram o clima de terror ontem na cidade de Monção, cerca de 245 quilômetros de distante da capital maranhense. A polícia informou que os bandidos invadiram o município, explodiram o Bradesco, fizeram moradores reféns, efetuaram vários tiros em plena via pública e fugiram pelo rio Pindaré.
Ainda segundo a polícia, toda a empreitada criminosa ocorreu durante o período da madrugada. O bando era composto por mais de oito bandidos. Eles se deslocaram até o Bradesco, localizado na área do centro de Monção e fizeram alguns moradores reféns. Em seguida, realizaram a explosão do banco.
Para não serem presos e trocarem de tiros com a polícia, os quadrilheiros fizeram um escudo humano na frente da instituição bancária. Na hora da fuga, eles utilizaram um veículo, levaram os moradores como reféns, efetuaram vários tiros para amedrontar os populares e ainda espalharam “miguelitos”, na saída da cidade para dificultar a perseguição policial. Também durante a fuga, os criminosos atearam fogo em um veículo e pegaram uma embarcação, no rio Pindaré.
Os policiais até o começo da noite de ontem estavam realizando incursões em toda essa região, mas até o momento não tem registro de prisão dos acusados. O caso vai ser investigado pela equipe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). A polícia não revelou o dinheiro roubado e não houve registro de feridos.
Operação
Quinze mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, foram cumpridos ontem durante a operação Gênese realizada pela Polícia Federal em Vitorino Freire, São Luís e nas cidades piauienses de Teresina e Miguel Leão. O cerco tinha como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes para receber benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A polícia informou que contas bancárias de oito CPF’s envolvidos nas fraudes identificadas foram bloqueadas pela Justiça Federal. Houve também a suspensão judicial de 32 benefícios comprovadamente falsos. Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Ainda de acordo com a polícia, a quadrilha cria idosos “fantasmas” para sacar os benefícios. A investigação já identificou 114 benefícios com indícios de fraudes, que causaram um prejuízo efetivo ao INSS superior a R$ 14 milhões.
A operação Gênese aconteceu em parceria com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) e nome Gênese significa a origem e desenvolvimento dos seres. O grupo investigado possui como especialidade a criação de pessoas fictícias para obtenção de benefícios previdenciários, justificando o nome da operação.
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