Lula no MA

Visita deve realçar embate entre Weverton e Brandão

Senador do pedetista e vice-governador, do PSDB, seguem trabalhando nos bastidores pela garantia do apoio do governador Flávio Dino (PCdoB) e do póprio Partido dos Trabalhadores (PT)

Ronaldo Rocha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(Weverton Rocha)

SÃO LUÍS - A eventual visita do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva ao Maranhão, pode protagonizar novo capítulo da disputa entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) pelo Governo do Estado.

Ideologicamente alinhado a Lula, Weverton tem defendido, nos últimos dias, um trabalho de articulação em Brasília para o convencimento do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) em favor da candidatura do petista.

Ciro tem elevado o tom contra Lula e se coloca como pré-candidato à Presidência. Weverton, contudo, garante há espaços para diálogos entre as lideranças do PT e do PDT.

"É claro que cada um tem seu estilo. Mas acredito que vai chegar o momento de parar para pensar e, no final, os dois vão acabar chegando a um entendimento. Serei uma das pontes para ajudar nisso", disse.

Institucional - Nome mais bem posicionado no Palácio dos Leões para a sucessão do governador Flávio Dino, Carlos Brandão, hoje no PSDB, conta a articulação do chefe do Executivo para a construção de um cenário não tão desconfortável em relação a Lula, no pleito de 2022.

Na condição de vice-governador, é provável que numa eventual agenda de Lula no Maranhão, Brandão cumpra papel institucional e de cortesia para com o petista.

Ele também deve assegurar espaços no primeiro e segundo escalões do Governo para o PT do Maranhão, quando Dino se desincompatibilizar do cargo, no primeiro semestre do próximo ano. Brandão disputará a eleição de 2022 no comando da máquina pública.

Vale lembrar que em 2014, quando foi eleito governador do Maranhão, Flávio Dino conseguiu juntar num mesmo palanque o PT e o PSDB. Ele chegou a receber lideranças destes partidos no estado e fazer campanha para três candidatos à Presidência da República: Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos, do PSB, morto num acidente aéreo que o tirou da disputa.

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