Gesto de amor

Doação de sangue: ato de amor e solidariedade

Atividade pode reduzir risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e promove satisfação pessoal por fazer uma boa ação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Pessoa doa sangue; Junho Vermelho reforça necessidade de doação
Pessoa doa sangue; Junho Vermelho reforça necessidade de doação (doar sangue)

São Luís - Doar sangue, além de um ato de solidariedade que afaga o coração do ser humano, salva vidas. E para lembrar a importância da doação e os benefícios à saúde do doador, que vão desde a redução de risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e a satisfação em promover uma boa ação, é comemorado no dia 14 de junho, o Dia Mundial do Doador de Sangue.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), avalia que no Brasil, mais de 3,5 milhões de pessoas realizam transfusões de sangue por ano, mas apenas 1,8% da população é doadora, número longe de atingir a meta mínima de 3,5% estipulada pela OMS.

Segundo a médica clínica geral do Sistema Hapvida, Aparecida Quintanilha, o ato de doar sangue não está relacionado apenas ao ajudar o próximo. “Mais que ser solidário, existem estudos que comprovam que a doação de sangue reduz a viscosidade do sangue, permitindo assim, que os doadores sejam menos propensos a desenvolver doenças do coração. Sem falar que, o processo funciona como uma espécie de ‘limpeza sanguínea’”, explica.

Tive Covid-19, posso doar?
Essa é uma pergunta muito frequente para quem já foi infectado pelo novo coronavírus. Para esclarecer sobre o assunto, a médica infectologista do Sistema Hapvida, Ana Rachel de Seni, explica que os protocolos para a doação de sangue que mudaram com a pandemia não excluem os pacientes de Covid-19 da lista de pessoas aptas a doar sangue. “O questionário, que é aquela entrevista individual que os médicos fazem com o doador durante a triagem, vai incluir perguntas relacionadas a Covid-19. É fundamental saber se a pessoa teve a doença e quando, se teve contato recente com um paciente de Covid-19, se viajou para alguma cidade ou região onde o índice de casos é preocupante”, destaca.

Se caso o doador já tenha testado positivo para a Covid-19, ele só deve se dirigir ao hemocentro após um mês. “O que se recomenda é que o paciente de Covid-19 volte a doar sangue depois de 30 dias de recuperado. Na verdade, 30 dias depois do desaparecimento dos sintomas e das sequelas. Se a pessoa ainda estiver sentindo falta de ar e fraqueza, ela ainda não pode doar sangue. Tem que se recuperar totalmente”, orienta a médica.

Em situações nas quais o doador teve contato com um paciente de Covid-19, o tempo para que ele possa doar sangue é depois de 14 dias, mesmo período em que vai ficar em isolamento social, se resguardando para saber se vai manifestar algum sintoma.

Junho Vermelho
Em março de 2021, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar) e a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) registraram, em média, a coleta de 150 bolsas de sangue por dia. Isto corresponde a metade do que deve ser coletado diariamente (300 bolsas) para garantir a segurança dos estoques de sangue.

Com a pandemia, essa realidade se repete em diversos centros de doação e para reverter essa situação, ao longo de todo o mês de junho a Campanha Junho Vermelho reforça a necessidade da doação de sangue e conscientiza a população sobre a importância do hábito. “É importante que as pessoas tenham o costume de doar, pois o sangue é vital para vários procedimentos cirúrgicos. Além disso, a doação é um processo rápido e extremamente seguro, tanto que qualquer pessoa entre 16 e 69 anos, em perfeitas condições de saúde, pode doar”, incentiva Aparecida.

SAIBA MAIS

Quem pode doar sangue?

  • - Pessoas entre 16 e 69 anos de idade; (menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou representantes legais)
  • - Pesar acima de 50 Kg;
  • - Está em boas condições de saúde;
  • - Não ter ingerido alimentos gordurosos horas antes da doação;
  • - Estar alimentado;
  • - Comparecer ao hemocentro munido dos documentos de identificação.

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