Cinema

"Verão de 85", de François Ozon, estreia em junho

Longa resgata o espírito dos anos de 1980, com sua música e sua estética, em uma história sobre a descoberta do amor entre dois jovens

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Cena do filme "Verão de 85"
Cena do filme "Verão de 85" (verão de 85)

São Paulo - “Filmei o romance entre dois garotos de uma maneira bem clássica, sem ironia, para fazer desta uma história universal”. É como o cineasta e roteirista François Ozon (“Graças a Deus”, “O Amante Duplo”) explica seu novo trabalho, “Verão de 85”, que chega aos cinemas brasileiros em 3 de junho. O longa fez parte da seleção do Festival de Cannes de 2020, que, embora não ocorrendo, divulgou os filmes que estariam em sua seleção. Além disso, concorreu em 12 categorias no César de 2021 – entre elas, melhor filme e diretor.

O longa é baseado num romance juvenil do escritor inglês Aidan Chambers, que Ozon leu nos anos de 1980, e pelo qual se apaixonou na época. “Eu queria ver esse filme como cinéfilo. Eu tinha certeza de que alguém faria a adaptação – um diretor americano! Mas, para minha surpresa, isso nunca aconteceu”.

O diretor ressalta que vários temas do romance já aparecem em seus filmes, e, para ele, era como se o livro estivesse perdido em algum lugar de sua imaginação. O filmetraz a história de Alex (Félix Lefebvre), de 16 anos, que passa as férias na Normandia, e acaba salvo por David (Benjamin Voisin), de 18 anos, e que se torna uma espécie de o amigo com quem sempre sonhou.

Ozon conta que fez a escalação dos dois atores antes mesmo de terminar o roteiro. “Eu disse para mim mesmo que se não encontrasse a dupla perfeita para os papéis, eu não faria o filme.” Assim que Lefebvre fez o teste, sabia que ele era seu Alex, mas aí era preciso achar o ator para David. “O contraste entre os dois era bastante importante. David tinha que dominar Alex fisicamente, e estar confortável consigo mesmo.”
Para contar essa história de amor que não faz julgamentos, Ozon quis, mais do que recriar os anos de 1890, trazer a atmosfera do período, e, para isso, resolveu filmar em película, ao invés do digital que comum atualmente. “Quando se faz um filme de época isso é necessário. Eu já havia feito ‘Franz’ dessa maneira. Foi emocionante voltar ao Super 16. Há uma sutileza nas cores, que não se consegue com o digital.”

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.