Esquentou

Dino e ministro da Saúde travam embate sobre medidas contra Covid-19

Governador e Marcelo Queiroga travaram embate público após anúncio de medidas para controle da disseminação da cepa indiana do novo coronavírus no estado

Gilberto Léda / Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Flávio Dino  criticou uma coletiva convocada pelo Ministério da Saúde
Flávio Dino criticou uma coletiva convocada pelo Ministério da Saúde (Flávio Dino)

SÃO LUÍS - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, travaram no fim de semana um embate público após anúncio de medidas para controle da disseminação da cepa indiana do novo coronavírus no estado.

Os seis primeiros casos da nova variante registrados no Brasil foram identificados em um navio atracado na costa maranhense.

No Twitter, Dino criticou uma coletiva convocada pelo Ministério da Saúde, junto com representantes dos governos de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas sem ninguém do Maranhão.

“Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o Governo do Maranhão. É impossível até entender o que eles farão”, escreveu o governador maranhense.

O ministro Marcelo Queiroga respondeu pouco depois. E garantiu que o secretário de Saúde maranhense, Carlos Lula, foi contactado antes da coletiva em que as medidas foram informadas, mas alegou que não tinha autorização do próprio governador para participar.

“Estranho, Vossa Excelência. Ao contrário do que afirma, conversei com o secretário Carlos Lula, por telefone, e o convidei para a coletiva. No entanto, ele informou que o senhor não autorizou a participação dele. Este deve ser um momento de união. Nosso único inimigo é o vírus!”, rebateu Queiroga.

Dino ainda retrucou, argumentando que o titular da SES-MA “não se dispôs a ser enfeite em coletiva” e voltando a atacar o presidente Jair Bolsonaro.

“Estamos sempre à disposição para diálogos sérios. E espero que o presidente da República ouça suas recomendações, passe a usar máscaras e evitar aglomerações”, completou.

O próprio Lula também entrou na conversa. Não negou que tenha sido procurado, mas disse que foi procurado apenas “minutos antes dela iniciar (sic)”.

“Ministro, o ideal é construirmos essas decisões entre o Ministério e os estados em conjunto. Não posso participar de uma coletiva recebendo uma ligação minutos antes dela iniciar (sic). Mas continuamos à disposição para tomarmos as decisões necessárias para o momento que vivemos”, disse.

Na coletiva, o Ministério da Saúde anunciou a liberação de 600 mil testes rápidos para identificar possíveis casos da variante indiana de Covid-19 na cidade de São Luís.

Reunião - Na manhã de domingo, 23, após o embate público, o secretário Carlos Lula compartilhou uma foto de uma reunião entre o corpo técnico da sua pasta e membros do Ministério da Saúde.

“Domingo de reunião entre as nossas equipes e o Ministério da Saúde para discutir mais uma passo na estratégia de Vigilância Epidemiológica no Maranhão”, postou o secretário.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.