Covid-19

No Senado, Dino aponta alta de R$ 160 mi de gastos com saúde na pandemia

Governador do Maranhão falou na Comissão Temporária da Covid-19 detalhando os gastos com a Saúde durante a pandemia do novo coronavírus

Gilberto Léda/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Governador Flávio Dino quer análise célere da Anvisa para liberação para importar a vacina russa Sputnik V
Governador Flávio Dino quer análise célere da Anvisa para liberação para importar a vacina russa Sputnik V (Flávio Dino)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), declarou ontem, durante reunião na Comissão Temporária da Covid-19, do Senado, que o governo estadual tem, atualmente, uma despesa R$ 160 milhões maior com a saúde do que tinha antes da pandemia.

Segundo ele, até março do ano passado, a rede de saúde maranhense custava algo em torno de R$ 170 milhões por mês. Hoje, esse custo chega a R$ 230 milhões.

"No que se refere ao pilar assistência, destacaria isto: nós temos um momento de menor tensão, mas não é um momento que pode levar a um relaxamento. Ao contrário, creio que é muito importante que todos e todas nos debrucemos quanto à manutenção da operacionalidade e até ao aprimoramento da capacidade hospitalar, para que possamos enfrentar, quiçá - não desejamos, mas talvez - novos ciclos epidemiológicos”, destacou.

Dino foi ouvido pelo colegiado junto com os governadores do Piauí, Wellington Dias (PT), e do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), além do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM).

Questionados por senadores sobre as maiores dificuldades ainda persistentes nos estados e municípios no enfrentamento da Covid-19, eles registraram a redução de internações nessas regiões, mas pediram aos senadores reforço para aquisição de vacinas, que, segundo eles, ainda está aquém do que o país necessita

Alta

Desde o ano passado, o governador maranhense tem alertado para a alta de gastos com a saúde em virtude do avanço do novo coronavírus.

Em março de 2020, ainda no início da primeira onda de infecção, Dino havia calculado em aproximadamente R$ 50 milhões mensais o custo extra com ações de combate e controle da pandemia.

“Nossa rede estadual de Saúde, todos os meses, nos custa R$ 150 milhões. A nossa estimativa é que, com essa pandemia do coronavírus, nós estamos falando até de R$ 200 milhões por mês”, declarou, na ocasião. Meses depois, em maio, ele precisou atualizar o dado, saltando a R$ 170 milhões de gasto a mais.

Estados fecharam 2020 com dinheiro em caixa

Apesar da alta de gastos com o setor de Saúde em virtude da pandemia do novo coronavírus, estados e municípios fecharam 2020 com quase o dobro de dinheiro em caixa em relação ao ano anterior, segundo dados do Tesouro Nacional e do Banco Central.

De acordo com as duas instituições, o saldo de estados e municípios passou de R$ 42,7 bilhões em 2019 para R$ 82,8 bilhões, no fim do ano passado, uma alta de 94%. Trata-se da maior disponibilidade de caixa para prefeitos e governadores em ao menos 19 anos, segundo reportagem de O Globo.

Ao todo, estados e municípios receberam R$ 60 bilhões em quatro parcelas, pagas entre junho e setembro, segundo os dados do Tesouro. Como contrapartida, os entes da federação ficaram proibidos de conceder reajustes salariais aos servidores até o fim de 2021.

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