São Luís - Cinco militares foram excluídos, este ano, da Polícia Militar do Maranhão, acusados de cometerem diversos tipos de crimes. Um deles foi o soldado Francisco Ribeiro dos Santos Filho, acusado de ter assassinado a tiros o cabo da Polícia Militar do Piauí, Samuel de Sousa Borges, de 30 anos, no dia 1º de fevereiro de 2019, nas proximidades de uma escola, localizada no bairro Jóquei, zona leste da capital piauiense. A vítima foi morta na frente do filho, menor de idade.

Francisco Filho era lotado no 11º Batalhão de Polícia Militar de Timon e a decisão pela exclusão do soldado “a bem da disciplina” das fileiras da corporação, foi assinada pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, no dia 26 de abril, deste ano, e publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 30 de abril.

Durante audiência realizada no dia 9 de outubro de 2019, o juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da capital piauiense, decidiu que o soldado fosse julgado pelo corpo de jurados e deveria ficar preso na unidade prisional do estado do Piauí.

A Polícia descobriu que, da arma do soldado Francisco Filho, também partiram os tiros que mataram outras três pessoas. No mês de dezembro de 2018 ocorreu um duplo homicídio nas proximidades do parque Zoobotânico, na zona leste de Teresina, no Piauí. Em agosto de 2018, uma outra pessoa também foi assassinada em uma praça do bairro Pedra Mole, localizada naquela cidade. Nos dois crimes, os tiros partiram da arma do policial do Maranhão.

A polícia informou que o cabo Samuel Borges foi assassinado na frente do filho, no dia 1º de fevereiro de 2019, na zona leste de Teresina, e o crime teria sido motivo por uma biga no trânsito.

Segundo a polícia, os dois policiais militares que estavam em motocicletas, começaram a discutir no trânsito na Avenida Presidente Kennedy, em Teresina. Francisco Filho passou a perseguir Samuel, que estava na moto na companhia do filho, de 8 anos.

O cabo Samuel Borges parou na Avenida Senador Cândido Ferraz para informar que era policial e encerrar a discussão. Ao virar as costas, o soldado Francisco Filho atirou pelo menos 3 vezes contra Samuel Borges, que morreu no local.

Outros excluídos
No Diário Oficial do Estado datado no dia 30 de abril deste ano, consta a exclusão de mais quatro policiais militares. Um deles é do soldado Valdemir Bispo Silva, lotado em Santa Inês. Ele foi preso no dia 18 de agosto de 2016, acusado de assalto. Em poder dele, foram apreendidos um veículo Gol preto, armas de fogo, munições e uma quantia de R$ 300 mil.

O outro excluído da Polícia Militar do Maranhão foi o sargento Roberval Sousa Muniz. O militar foi preso durante a operação Poleiro, que ocorreu na capital, no dia 17 de outubro de 2018, acusado de tráfico de droga.

O soldado Carlos Eduardo Nunes Pereira foi excluído e está preso no presídio militar, no Calhau. Segundo a polícia, ele é suspeito de ter assassinado a ex-companheira Bruna Lícia Fonseca Pereira e José Willian dos Santos Silva. O crime ocorreu no dia 25 de janeiro do ano passado em um apartamento, localizado no bairro Vicente Fialho. O soldado Antônio Carlos da Silva Lins também foi excluído da tropa militar.

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