Críticas

Bolsonaro diz que CPI da Pandemia pode virar ''carnaval fora de época''

Presidente da República voltou a criticar a Comissão Parlamentar de Inquérito e a ressaltar que prefeitos e governadores precisam ser investigados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que não pretende se vacinar contra a covid, por enquanto
Presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que não pretende se vacinar contra a covid, por enquanto (Jair Bolsonaro )

Brasília

Um dia após o Palácio do Planalto sofrer uma série de derrotas na instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o presidente Jair Bolsonaro fez novas críticas contra a comissão do Senado. Em conversa com apoiadores na manhã de ontem, Bolsonaro cobrou o colegiado que investigue prefeitos e governadores e afirmou que a comissão pode virar "um carnaval fora de época". Inicialmente com foco nos erros e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia, a CPI ampliou o escopo para Estados e municípios após pressão do Executivo.

"Os prefeitos agora vão ter responsabilidade por essa CPI que está aí? Será que a CPI vai ouvir prefeito e governador que baixou decreto para confiscar, como Sergipe, a propriedade privada? Lá no Ceará, não o Estado, mas em uma cidade, tem que ter autorização (para estar na rua), motivo justificado, toque de recolher, pancada em gente lá na rua. A CPI vai chamar ou vai querer fazer carnaval fora de época?", perguntou o presidente.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro também disse que não pretende se vacinar contra a covid-19 por enquanto e que só vai fazer isso quando estiverem sobrando vacinas. O atraso na compra dos imunizantes é um dos focos da comissão.

'Fazer onda'

A CPI foi instalada nesta terça-feira, 27, e tem como presidente o senador Omar Aziz (PSD-AM). O senador Renan Calheiros (MDB-AL), crítico de Bolsonaro, é o relator. "Vão se dar mal. Lá tem gente bem intencionada, não é porque me defende, está falando a verdade lá, mas tem um outro que quer fazer uma onda só", afirmou Bolsonaro a apoiadores, sem citar nomes.

O primeiro a ser ouvido pela comissão já foi definido por acordo com o presidente da CPI, na sessão da próxima terça-feira, dia 4, o colegiado pretende receber o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Na conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro repetiu que as atividades econômicas não podem ser afetadas pelo isolamento social. "O que foi a questão do lockdown lá atrás? Foi para achatar a curva? Está um ano achatando a curva? A grande desgraça é o desemprego, apesar de o governo estar dando meios para criar emprego, os informais estão em uma situação complicada", disse.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.