Cúpula de Líderes

Cúpula: Bolsonaro diz que reduzirá emissão de gases de efeito estufa

Presidente discursou na Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; Bolsonaro falou ainda em "justa remuneração" por serviços ambientais prestados pelo Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Bolsonaro discursou na Cúpula de Líderes sobre o Clima
Bolsonaro discursou na Cúpula de Líderes sobre o Clima (Bolsonaro)

Brasília

O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta quinta-feira, 22, adotar medidas que reduzam as emissões de gases e pediu "justa remuneração" por "serviços ambientais" prestados pelos biomas brasileiros ao planeta.
Bolsonaro deu as declarações ao discursar por vídeo na Cúpula de Líderes sobre o Clima, organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
"À luz de nossas responsabilidades comuns, porém diferenciadas, continuamos a colaborar com os esforços mundiais contra a mudança do clima. Somos um dos poucos países em desenvolvimento a adotar e a refirmar a NDC transversal e abrangente, com metas absolutas de redução de emissões, inclusive para 2025, de 37%, e de 40% até 2030", afirmou o presidente na cúpula.
Bolsonaro foi o 20º a discursar, 1h48min após a cúpula ter começado. Foi o último entre os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), falando depois das Ilhas Marshall e da Argentina. A ordem foi elaborada pelo governo americano. O presidente Joe Biden não acompanhou o discurso de Bolsonaro e pediu para sair antes da fala de Alberto Fernández, presidente da Argentina, pois tinha uma outra reunião prevista na agenda.

Neutralidade
Ainda no discurso, Bolsonaro afirmou ter determinado que a chamada "neutralidade climática" seja alcançada pelo Brasil até 2050, antecipando em 10 anos a meta anterior. A medida consiste em o país não emitir mais gases na atmosfera do que é capaz de absorver.
Em outro trecho, Bolsonaro declarou: "É preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação."
Ainda no discurso desta quinta, Bolsonaro reafirmou "compromisso" com a eliminação do desmatamento ilegal até 2030, conforme o presidente já havia dito em uma carta enviada a Joe Biden.
"Destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Com isso, reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data", declarou o presidente na cúpula.
No último dia 9, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que os alertas de desmatamento na Amazônia bateram recorde em março. Ao todo, foram 367, km².
Ainda conforme o Inpe, o desmatamento na Amazônia em 2020 foi mais de 3 vezes superior à meta proposta pelo Brasil para a Convenção do Clima. l

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