São Paulo - À medida que a Covid-19 manteve os consumidores em casa, quase tudo, de mantimentos a suprimentos de jardinagem, passou a ser comprado online. De acordo com o último relatório Recovery Insights da Mastercard, essa digitalização acelerada movimentou globalmente mais de US$ 900 bilhões no último ano. No Brasil, segundo o índice macroeconômico da Mastercard, SpedingPulse o e-commerce teve uma expansão de 75% em 2020, de acordo com o novo estudo da companhia, a modalidade chegou a representar 11% das vendas do varejo.
A participação do comércio eletrônico nas vendas do varejo brasileiro antes da crise era de 6%, passando para 11% no auge. O nível atual é de 7% e o relatório aponta que uma mudança de aproximadamente 1,3% seja permanente.
Com um crescimento de 10% na média de lojas visitadas pelos brasileiros em 2020, a digitalização dos negócios e as vendas online foram a salvação para diversos varejistas, restaurantes e outras empresas de grande e pequeno porte. Graças ao comércio virtual, elas conseguiram atravessar o período de distanciamento social e mantiveram suas operações.
Segundo o relatório Recovery Insights: Commerce E-volution, a previsão é que cerca de 20-30% da mudança global para o digital impulsionada pela Covid-19 seja permanente. O relatório se baseia na atividade anônima e agregada de vendas na rede Mastercard e em análises proprietárias do Mastercard Economics Institute - a análise investiga quais são os impactos dessa movimentação por país, setor e para bens e serviços.
"Enquanto os consumidores tiveram a necessidade de ficar em casa, seu dinheiro pôde continuar movimentando a economia local e global, graças ao e-commerce.", afirma o Gerente Geral da Mastercard Brasil, Estanislau Bassols. "A digitalização da economia, só foi possível graças à atuação de players como a Mastercard que há anos vem trabalhando em tecnologias que viabilizassem novas modalidades de pagamento digital de maneira segura, rápida e fácil.", finaliza o executivo.
SAIBA MAIS
Embora a transformação digital não tenha sido universal e consistente - devido a diferenças geográficas, econômicas e de cada comunidade - o relatório revelou diversas tendências globais:
• Os primeiros a adotarem o comércio eletrônico estão com vantagem: economias que eram mais digitais antes da crise, como as do Reino Unido e dos EUA, tiveram ganhos maiores na mudança doméstica para o digital - e parecem mais permanentes do que nos países que possuíam uma menor participação de e-commerce antes do período, como Argentina e México. Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa foram as regiões mais fortes no incentivo à adoção do comércio eletrônico.
• Ganhos digitais em supermercados e lojas com descontos parecem ser permanentes: os setores de varejo essencial, que tinha a menor participação digital antes da crise, registraram alguns dos maiores ganhos à medida que os consumidores se adaptaram. Com a formação de novos hábitos de consumo e dada a baixa base de usuários pré-Covid, o relatório prevê que 70-80% do aumento do comércio eletrônico no setor de alimentos será permanente.
• O comércio eletrônico internacional cresceu 25-30% durante a pandemia: o comércio eletrônico internacional aumentou, tanto no volume de vendas quanto no número de diferentes países onde os clientes fizeram pedidos. Com infinitamente mais opções ao seu alcance, os gastos dos consumidores no e-commerce internacional cresceram cerca de 25-30% no comparativo ano a ano de março de 2020 a fevereiro de 2021.
• Os consumidores passaram a consumir até 30% mais de varejistas online: refletindo os novos hábitos de consumo, a pesquisa mostra que os consumidores em todo o mundo estão fazendo compras em um número maior de sites e mercados online do que antes. Residentes em países como Itália e Arábia Saudita estão comprando em média 33% mais em lojas online, seguidos de perto pela Rússia e Reino Unido.
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