Reflexão

Um olhar sobre o autismo: empatia e inserção social

Apae São Luís oferece diagnóstico e tratamento; especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce,fundamental para o tratamento adequado e desenvolver habilidades individuais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Equipe de Saúde da APAE de São Luís em atendimento a criança com transtorno do espectro autista
Equipe de Saúde da APAE de São Luís em atendimento a criança com transtorno do espectro autista (apae são luís)

São Luís- Nesta sexta – feira, dia 02 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. É comum em diversos países que monumentos ou pontos turísticos sejam iluminados de azul, pois a cor também representa o autismo.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é também conhecido de como Transtorno Autístico (Autismo), Transtorno/Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Global ou Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação e é considerado um dos Transtornos do Neurodesenvolvimento.
Os especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce, que é fundamental para que a pessoa possa ter acesso ao tratamento adequado e com ele, poder desenvolver habilidades como estudar e até trabalhar dependendo de cada caso individualmente.

O diagnóstico poderá detectar se o paciente possui características que envolvam prejuízos na interação social, na linguagem e comunicação, etc... A orientação é para que os pais ou responsáveis procurem auxílio médico quando há os seguintes sinais: Pouco contato visual, a criança não olha quando é chamada pelo nome ou não sustenta o olhar; não interage com outras pessoas; bebês que não fazem jogo de imitação à partir dos seis meses de vida; não atender quando chamado pelo nome; não demonstra interesse em brincadeiras coletivas e parece não entender a brincadeira; atraso na fala à partis dos dois anos de idade; não usa a comunicação não-verbal, ou seja, não usa as mãos para indicar algo; se incomoda com barulhos altos, por vezes colocando as mãos nos ouvidos diante de tais estímulos; não gosta do toque de outras pessoas, abraços e carinho; suas brincadeiras costumam ser solitárias e com partes de brinquedos, como a roda de um carrinho ou algum botão e apresenta movimentos incomuns, como chacoalhar as mãos, balançar-se para frente e para trás, correr de um lado para outro, pular ou girar, o que pode se intensificar em momentos de felicidade, tristeza ou ansiedade.

Entre as organizações aptas para identificar casos de TEA está a APAE de São Luís, que é referência na promoção e atenção integral à pessoa com deficiência, prioritariamente aquela com deficiência intelectual ou múltipla. A entidade atua há 50 anos para promover saúde, educação e assistência social para desenvolver o potencial das pessoas com deficiência, a fim de capacitá-las e incluí-las na sociedade.

Segundo Emanuele Costa, Gestora do Serviço de Saúde da APAE de São Luís, o suporte ao autista e sua família é completo:

“A APAE de São Luís é habilitada pelo Ministério da Saúde como Centro Especializado em Reabilitação nas categorias física, auditiva e intelectual. O paciente com transtorno do espectro autista é atendido aqui na reabilitação intelectual, onde recebe suportes psicológico, psiquiátrico, fonoaudiológico e terapia ocupacional. Ao chegar aqui, a pessoa é avaliada de forma multiprofissional e conforme for o diagnóstico, vai ser inserida nesse serviço e permanece conosco inicialmente por um ano, e conforme for, pode continuar ou receber alta do serviço. Dispomos também da Escola Eney Santana, onde atendemos crianças com deficiência à partir de seis anos de idade, e trabalhamos para a alfabetização da criança e sua posterior inclusão na educação regular” explica Emanuele.

Vale lembrar que o tratamento do autismo baseia-se acima de tudo em amor e aceitação pela família, que será a grande aliada do autista em questão, pois é a família que mais interage e estimula o comportamento das crianças, portanto, um tratamento eficaz depende do auxílio dos familiares e amigos mais próximos.
Mas a sociedade também precisa avançar para que haja o maior respeito e a inclusão mais ampla de autistas nas diversas esferas sociais. Das escolas regulares aos ambientes públicos, comércio e espaços de lazer, ainda é preciso maiores doses de respeito e empatia por aqueles que são diferentes, e que demandam alguns cuidados ou práticas diferenciadas, mas que são igualmente seres humanos e cidadãos, e como tal, merecem respeito e aceitação.l

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