Extensão de auxílio

Governo deve responder à demanda dos empresários até sexta-feira

Prazo foi dado aos donos de bares e restaurantes como desdobramento de reunião entre os empresários e representantes do governo, na segunda-feira (22)

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Bares e restaurantes na Ilha de São Luís estão há quase duas semanas sem funcionar devido à pandemia
Bares e restaurantes na Ilha de São Luís estão há quase duas semanas sem funcionar devido à pandemia (bares e restaurantes )

O Governo do Maranhão deve responder à solicitação da classe empresarial acerca da extensão do auxílio emergencial em mais uma semana até sexta-feira (26). O secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo, cuida diretamente do assunto e deve se manifestar em breve.

O prazo foi dado aos donos de bares e restaurantes como desdobramento de reunião entre os empresários e representantes do governo, na segunda-feira (22).

Os donos de bares e restaurantes do Maranhão pediram ao Governo do Maranhão a ampliação do auxílio emergencial de R$ 1 mil anunciado pelo Executivo para ressarcimento parcial aos estabelecimentos, atingidos com as medidas restritivas anunciadas nas últimas semanas em virtude do coronavírus.

Na sexta-feira (26), é esperado o anúncio de novas medidas pelo governo maranhense. Por enquanto não está descartada a extensão das restrições para a semana que vem.

Além da extensão do auxílio, os empresários também pedem a flexibilização do horário de funcionamento de estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados, farmácias e restaurantes, com limitação de fluxo de pessoas e adoção de protocolos de funcionamento, com limite de pessoas no ambiente interno do estabelecimento e de clientes por mesa (proposto até 4 indivíduos por mesa).

Membros do Sindicato dos Bares e da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel) disseram a O Estado que defendem a adoção de medidas sanitárias, porém com flexibilização do funcionamento dos locais.

“Temos plena consciência de que o Governo [do Maranhão] não mede esforços para atender à classe empresarial, porém não suportaremos outra suspensão mais longa de atividades presenciais. Pedimos compreensão neste momento à administração, mesmo ciente da importância das medidas de proteção sanitária, que podem ser executadas”, disse a O Estado o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Maranhão, Gustavo Araújo.

A presidente do Sindicato Empresarial de Bares, Restaurantes e Similares do Maranhão (Sindebares), Camila Di Minda, cita que a primeira remessa do auxílio foi fundamental para os pequenos negócios, no entanto, os médios e grandes empreendimentos estão sofrendo para manter o fluxo de caixa. “Nós tivemos perdas grandes, desligamentos de funcionários. É fundamental que haja sensibilização por parte dos governantes sobre o tema auxílio neste caso”, disse.

Segundo o Decreto nº36.601, de 19 de março deste ano, que alterou o Decreto n° 36.531, de 03 de março de 2021, que dispõe sobre o funcionamento de atividades comerciais, sobre o funcionamento do Poder Executivo Estadual, em seu artigo 3º, está vedado o funcionamento “de bares, lanchonetes, restaurantes, praças de alimentação e similares localizados no território da Ilha de São Luís”. A medida inicialmente vale até o próximo domingo (28).

Os estabelecimentos, ainda de acordo com o governo, somente devem funcionar no sistema delivery, no entanto, levantamento feito por O Estado aponta que esta forma de entrega de produtos é responsável, em alguns casos, por apenas 10% do faturamento dos negócios.

No sábado (27) e domingo (28), o governo maranhense informou que as “atividades consideradas não-essenciais” estarão impedidos de funcionar, o que não abrange em tese os bares e restaurantes. No entanto, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em nota, informou que a suspensão também será válida no dia 26 deste mês.

Mais

A Vigilância Sanitária Estadual, em parceria com a Municipal, vem atuando com o monitoramento de bares e restaurantes na capital.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), até o momento, 253 estabelecimentos foram fiscalizados, com 28 autuados e 2 interdições.

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