Dia da Mulher

Maria Firmina é celebrada no Dia Internacional da Mulher

Evento aborda importância da escritora Maria Firmina dos Reis para os direitos humanos no Brasil

Com informações de assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Busto de Maria Firmina está localizado na Praça do Pantheon
Busto de Maria Firmina está localizado na Praça do Pantheon (Bustos de Maria Firmina, homenageada pela artista Marlene Barros)

São Luís- A Procuradoria Geral do Estado do Maranhão (PGE/MA), por meio do seu Centro de Estudos, Documentação e Divulgação Jurídica, realiza no próximo dia 8 de março (segunda-feira) o evento Dia Internacional da Mulher e a Contribuição de Maria Firmina dos Reis. A atividade acontece online, às 10h, na plataforma Zoom e faz parte do projeto PGE Literatura, coordenado pelo procurador Miguel Ribeiro Pereira.

Participam do evento a professora mestra em Ciências Sociais, Maria Natividade Rodrigues (UFMA) e a pesquisadora e também professora, Maria Carolina Medeiros, doutora em Comunicação (PUC/RJ), que vão abordar a obra e o papel da mulher, escritora, poetisa e abolicionista Maria Firmina dos Reis na sociedade e sua importância para os direitos humanos no Brasil.

O projeto tem como objetivo ligar a literatura ao mundo do direito: “um ajudando a explicar o outro”, destaca o procurador Miguel Ribeiro. Este ano, com base no legado de Maria Firmina dos Reis, serão abordados temas como memória e literatura; memória e narrativa de mulheres; além da importante contribuição da autora para o Maranhão e para o Brasil.

De acordo com o coordenador do evento, a importância dos direitos humanos para a sociedade e da luta milenar que vem sendo travada para sua afirmação torna cada vez mais necessária a abordagem do assunto. “Cada evento que a PGE realiza trazendo temas como esse, de uma autora tão aguerrida, é uma forma de afirmar a importância do direito”. Ressalta Ribeiro.

O PGE Literatura é um evento aberto a todos e a inscrição pode ser realizada, de forma gratuita, no site www.sympla.com.br. A confirmação de inscrição, o link para acesso ao evento e as orientações necessárias para a participação serão enviadas para o e-mail cadastrado. As inscrições podem ser realizadas até momentos antes do início do evento. Os participantes também terão direito a certificados.

Maria Firmina dos Reis

Maranhense, nascida em 11 de março de 1822, com sua principal obra, Úrsula (1859), denunciou a condição crítica e o cenário de desigualdade a que eram submetidos os escravos e mulheres no século XIX, sendo precursora da temática abolicionista na literatura brasileira. O romance foi o primeiro do gênero a ser publicado por uma mulher negra em todos os países de língua portuguesa.

Para referência de sua importância, as obras Navio Negreiro (1870), de Castro Alves, e A Escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães, amplamente conhecidas no Brasil, foram publicadas muitos anos depois do romance da maranhense.

Maria Firmina foi considerada a primeira romancista brasileira em uma época em que a educação feminina se restringia aos cuidados domésticos. Foi professora, compositora, folclorista e, ainda, colaborava jornais históricos do Maranhão, como A Pacotilha. É, ainda, patrona da cadeira nº8 da Academia Ludovicense de Letras.

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