Opinião

A frequência sexual em questão

Benedito Buzar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

Semanas atrás, a revista Veja publicou matéria interessante a respeito da frequência sexual das gerações inseridas nas faixas entre 18 e 24 anos.

Segundo a reportagem, os jovens de hoje “passaram a fazer menos sexo não por conservadorismo, mas porque mudaram as suas prioridades”.

Com base em estudos de especialistas, a abstinência sexual da atual juventude escora-se “no resultado de mudanças de atenção e do desejo de orientar a energia vital para outros assuntos” e se assenta em três pontos.

Primeiro, o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo; segundo, a pandemia do novo corona vírus, com as restrições de circulação e as intermináveis quarentenas, que passaram a impedir o encontro de parceiros adequados; terceiro, a tecnologia, pelo acesso fácil a distância e a onipresença das redes sociais, que desestimulam conhecer o outro em toda a sua totalidade, preferindo se esconder na segurança da internet.

Com base em estudos de especialistas, a abstinência sexual da atual juventude escora-se “no resultado de mudanças de atenção e do desejo de orientar a energia vital para outros assuntos” e se assenta em três pontos.Benedito Buzar

A minha geração, na faixa compreendida entre 18 e 24 anos, não enfrentou os problemas apontados pelos estudiosos com relação aos jovens da atualidade. No nosso tempo, posso afirmar com segurança, a frequência sexual era irrefreável, rotineira e sem os temores vividos pela juventude de hoje, que se encontra envolvida pela internet e por tecnologias sofisticadas, que proporcionam apreciáveis avanços no modus vivendi da sociedade, mas, em contrapartida, são imprevisíveis os malefícios que podem causar à humanidade.

Nós, da geração de ontem, em matéria de sexo, enfrentávamos alguns problemas, que não se podem comparar com os vividos pelas gerações contemporâneas. As nossas preocupações desaguavam em outra realidade, que a medicina se encarregava de curar.

Refiro-me às doenças venéreas, que quando mal tratadas ou não levadas a sério do ponto de vista terapêutico, inexoravelmente repercutiam na saúde dos contaminados, deixando sequelas físicas e/ou morbidades.

Se o tratamento da crise sexual de hoje, geralmente termina nos refinados consultórios de psicólogos e psicanalistas, as enfermidades provindas de nossas promíscuas relações sexuais, acabavam nos consultórios dos urologistas da cidade, dentre os mais conhecidos e respeitados, o médico Guilherme Macieira, sem esquecer também os enfermeiros, que recomendavam e aplicavam remédios à base de penicilina - a grande descoberta cientifica do século XX, por Alexandre Fleming, que podia ser encontrada em qualquer farmácia e comprada sem necessidade de controle especial.

Geralmente a minha geração se contaminava com doenças venéreas de nomes nada científicos, dentre as mais conhecidas e corriqueiras, lembro da mula e do esquentamento(gonorreia), transmitidas nos cabarés da cidade, localizados na zona do meretrício, principalmente nas Ruas da Palma e 28 de julho, onde pontificavam as pensões da Maroca, Ziloca, Zilda Branca, Zilda Preta, Cleres, Mundica, Lili e tantas outras.

Além das pensões da zona do meretrício serviam também de abastecimento sexual à minha geração, as empregadas domésticas, indevidamente e depreciativamente chamadas de burrinhas ou baratas, que se prestavam à prática do sexo, em casas de tolerância e conhecidas por chatôs, até porque não existiam ainda os motéis.

Uma época bastante farta para a minha geração praticar sexo à vontade, verificava-se na temporada carnavalesca, quando se realizavam os famosos bailes de máscaras, nos quais mulheres de todos os tipos, idades e estados civis participavam, se divertiam e tiravam o atrasado com os jovens.

DOIS EVENTOS

O engenheiro Mauro Fecury espera com ansiedade o coronavírus acabar, como resultado das aplicações das vacinas, para realizar este ano dois grandes eventos.

Primeiro, a comemoração dos trinta anos de fundação do Ceuma, no ano passado, mas por causa da epidemia, não foi festejada.

Segunda, a Festa dos Amigos, também cancelada pelo Covid-19, mas espera promovê-la no segundo sábado de dezembro deste ano, de forma dobrada.

UMA POETA BRILHANTE

Eugênia de Azevedo Neves, que brilhou na vida jurídica, como magistrada competente e íntegra, silenciosamente, despontou na cena literária maranhense com um livro de poesia da mais alta qualidade.

Ela que traz nas veias o sangue intelectual dos antepassados – os Azevedo e os Nogueira Neves, acaba de publicar o livro Nas Fissuras do Tempo, no qual se revela uma poeta de valor incomensurável e invejável.

A obra que Eugênia deu o nome de Nas Fissuras do Tempo, não tem nada a ver com o título, pois trata-se de uma obra plena de poesia e atemporal.

FEBRE AMARELA

O senador do Império, o brilhante Bernardo Pereira de Vasconcelos, em abril de 1850, fez um discurso no Senado para dizer que havia um terror demasiado em relação à epidemia da febre amarela.

Uma semana depois morreu atacado pela doença.

SECRETARIADO DESCONHECIDO

Grande parte do secretariado do prefeito Eduardo Braide é totalmente desconhecido da população.

São poucos os conhecidos, portanto, a população não sabe se foram nomeados para os cargos certos e são competentes para geri-los. De minha parte, só conheço cinco: José Azzoline, Simão Cirineu, Kátia Bogéa, Joaquim Haickel e Bruno Duailibe.

O resto, como dizia o saudoso Benito Neiva, é abstracionismo.

METIDO A ESQUERDISTA

O senador Weverton Rocha gosta e costuma posar de político de esquerda.

Na recente eleição para a presidência do Senado, mostrou a sua face verdadeira: promoveu, às vésperas do pleito, um faustoso jantar em sua residência, em Brasília, de apoio ao candidato da direita e ainda por cima da preferência de Jair Bolsonaro.

Vade retro, satanás.

CAFETEIRA E FLÁVIO DINO

Qual a diferença entre o ex-prefeito de

São Luís, Epitácio Cafeteira e o governador Flávio Dino?

Cafeteira acabou os bailes de máscaras no carnaval de São Luís.

Flávio suspendeu as festas de carnaval, mas quer o povo de máscaras.

PALMAS PARA O PROCURADOR

Merece os mais rasgados encômios a atitude do Procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau que mandou o seguinte recado ao prefeito Eduardo Braide.

“Prefeito, não dê licença para a realização de festas carnavalescas na cidade e pode botar a culpa em mim, pois eu posso botar a cara para bater, pois não preciso de voto, mas preciso proteger o nosso povo”.


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