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Maranhão é o terceiro estado com menor taxa de mortalidade por Covid-19

Segundo boletim do MS, o estado entrou em faixa de estabilidade em relação a novos casos e óbitos, mas há a possibilidade de alta de casos por causa de aglomerações

Bárbara Lauria / Equipe O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Investir nos cuidados para não se contaminar ainda é o melhor a fazer
Investir nos cuidados para não se contaminar ainda é o melhor a fazer (EPIs coronavirus)

São Luís — O Maranhão apresentou a terceira menor taxa de mortalidade por Covid-19 do país, sendo 63,8 óbitos por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo os dados apresentados no Boletim da Semana Epidemiológica 53, referente aos dias 27 de dezembro de 2020 a 2 de janeiro de 2021, o estado está atrás apenas de Minas Gerais (56,8 por 100 mil/hab) e Bahia (61,8 por 100mil/hab).

Ainda de acordo com os dados do boletim epidemiológico, apesar do estado ter atingido a 4568 óbitos na última segunda-feira, 11, o Maranhão entrou na faixa de estabilidade no registro de novos óbitos, apresentando variação de 2%. Durante a semana 53, o Maranhão registrou 47 novos óbitos. A média nacional diária de novos óbitos é de 704 mortes.

O Maranhão também apresentou estabilidade em relação a confirmação de novos casos do novo coronavírus. Entre a última semana de 2020 e a primeira de 2021, foram confirmados 933 novos casos. Contudo, a região Nordeste apresentou aumento de 6% de casos do coronavírus e estados como o Tocantins e o Piauí, que fazem fronteira com o Maranhão, estão em tendência de aumento.

De acordo com o boletim da Secretária de Estado da Saúde (SES) publicado na última segunda-feira, dia 11, um total de 108 novos casos foi registrado em 24 horas no estado. Também foram contabilizados 6 novos óbitos, contudo, segundo o boletim, as mortes foram registradas em dias e semanas anteriores, porém estavam aguardando o resultado do exame de testagem do vírus.

No entanto, apesar da estabilidade, há possibilidade de aumento de casos devido aglomerações e faltas de cuidados em espaços públicos. Em reportagem realizada por O Estado na última quarta-feira, 6, o epidemiologista Antônio Moura da Silva destacou que o período de férias tem intensificado as aglomerações em espaços públicos os tornando mais propícios para o contágio da Covid-19.

“As medidas para reduzir as transmissões são as mesmas de sempre: evitar aglomerações, distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos. Aglomerações nas férias são fatores que contribuirão para o aumento de casos”, enfatizou o epidemiologista.

Caminhando para os interiores
Outro dado relevante apresentado pela Semana Epidemiológica foi que o vírus continua caminhando para os interiores. Após afetar, no início da pandemia, as capitais e grandes metrópoles brasileiras, o número de casos da Covid-19 passou a ter constante aumento nos municípios mais afastados dos centros urbanos e se mantém crescendo.

De acordo com o Ministério da Saúde, 59% dos casos confirmados durante a semana epidemiológica 53 foram oriundos de municípios nos interiores do país. Já em relação ao número de óbitos, o registro durante a semana foi de 52% nos interiores e 48% nos grandes centros.

No Maranhão, cerca de 81% dos 202.050 casos confirmados são provenientes dos municípios do interior do estado, sem contar com o município de Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão.

SAIBA MAIS

SRAG

O Boletim epidemiológico também chama atenção para o índice de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Tendo como sintomas febre, tosse ou dor de garganta e dificuldade de respirar, a síndrome pode ser causada por vírus transmitidos por aerossóis, como o Influenza e, inclusive, a Covid-19.

Segundo o boletim, do total de casos da SRAG registrados entre a semana epidemiológica I e 53, 55,1% dos casos foram confirmados como Covid-19 e 0,2% pelo vírus Influenza. Durante a semana 53, 15,9% dos casos eram provenientes do novo coronavírus.

O Maranhão registrou, no total, 15.093 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e 4.936 óbitos ao longo das semanas epidemiológicas. Desses óbitos, 71,2% foram provenientes da Covid-19.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o SRAG costuma afetar principalmente pessoas do sexo masculino entre 60 e 69 anos, contudo, os pacientes que costumam vir a óbito pela síndrome são do sexo masculino com a faixa etária entre 70 e 79 anos.

NÚMEROS

202.050 casos de Covid-19 já foram confirmados no Maranhão
4.568 óbitos já foram confirmados no estado
81% dos casos confirmados são provenientes dos interiores

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