Fraude

Operação Dom Casmurro desmonta bando fraudador

As instituições estão sendo acusadas de fraudar licitações e concursos públicos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

São Luís - Oito pessoas foram presas ontem, durante a 2ª fase da Operação Dom Casmurro, realizada pela Polícia Civil e Ministério Público do Piauí. A ação foi realizada no estado piauiense e tinha como alvo os suspeitos de fraudarem licitações e concursos públicos nos estados do Piauí e Maranhão. O ato criminoso estaria sendo feito pelas empresas Instituto Machado de Assis e Crescer Consultorias e movimentou mais de R$ 28 milhões.

A polícia informou que pelos menos 13 pessoas participaram do esquema criminoso, oito delas presas durante esse cerco, em cumprimento de ordem judicial. Inclusive, três pessoas foram apontadas como líderes da organização. Uma delas é Raimundo Wernes Fernandes Torres filho, líder político da organização. De acordo com a denúncia, ele era o responsável por articular com os prefeitos e gestores públicos a realização de concursos fraudulentos.

Elmira Paulo Dias é a outra apontada. Segundo a denúncia, ela cuidava da parte pedagógica da organização, recrutando professores e elaborando questões de concursos. O esquema criminoso também contava com a participação de Rosimeyre Vieira da Silva, professora universitária que cuidava da logística da aplicação das provas. Além das prisões, durante a operação, foi realizado sequestro de bens dos membros da organização.

SAIBA MAIS

ESQUEMA

No trabalho concluído pela Polícia Civil do Piauí ficou comprovado que as empresas e os investigados formavam o núcleo empresarial que atuava há mais de 10 anos fraudando licitações e concursos públicos. Os investigadores descobriram que as licitações eram sempre direcionadas com o objetivo de contratar as duas empresas, que estavam em nome de “laranjas”, mas eram operadas pelos líderes do grupo, os finais beneficiários dos recursos.

Os investigados foram denunciados pelo Ministério Públicos pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude à licitações, em ação penal que tramita na Comarca de Cocal, no Piauí.

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