Exposições

Soluções alternativas mantêm espaços de arte do MPMA funcionando na pandemia

Mesmo com as restrições impostas para evitar a disseminação da Covid-19, artistas continuam exibindo suas obras no Espaço de Artes Márcia Sandes, na sede da Procuradoria Geral de Justiça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Exposição Identidades fica em cartaz no Espaço Márcia Sandes até o dia 29 de janeiro
Exposição Identidades fica em cartaz no Espaço Márcia Sandes até o dia 29 de janeiro (exposição)

São Luís - O Ministério Público do Maranhão tem buscado soluções alternativas para manter seus espaços artísticos em funcionamento, apesar da pandemia do novo coronavírus. Mesmo com as restrições impostas para evitar a disseminação da Covid-19, artistas continuam exibindo suas obras no Espaço de Artes Márcia Sandes, na sede da Procuradoria Geral de Justiça, que completou 18 anos no último sábado, 12 de dezembro, e no Centro Cultural e Administrativo do MP, localizado no centro de São Luís. A produção de minidocumentários, bem como visitas agendadas, tem sido uma alternativa para que o público não deixe de ter acesso às produções artísticas.

"A chegada da pandemia de Covid-19 nos impôs duras restrições e, ao mesmo tempo, nos obrigou a repensar todo o planejamento da programação do Centro Cultural. A suspensão de atividades presenciais nos levou, então, a optar por manter um calendário de exposições que pudessem ser divulgadas mediante a realização de filmes. Estes pequenos documentários, além de difundirem as obras, trazem uma apresentação de cada artista, a relação com o universo artístico, inspirações, preocupações e técnicas”, explica o servidor Francisco Colombo, um dos curadores das mostras apresentadas pelo Ministério Público, ao lado da servidora Dulce Serra.

De acordo com Francisco Colombo, a vantagem do suporte audiovisual é, sobretudo, a disponibilidade permanente das obras, proporcionando que o público conheça artistas tão diversos, como Almir Valente, Marcus Jansen, Marcelo Cunha, Manoel Felipe ou Fábio Vidotti. As exposições podem ser vistas nos vídeos já disponíveis no canal mpmaoficial, no YouTube.

No último dia do 10º Congresso Estadual do Ministério Público do Maranhão, realizado de forma virtual nos dias 3 e 4 deste mês, mais uma exposição foi aberta no Espaço de Artes Márcia Sandes. A mostra coletiva “Identidades” foi apresentada brevemente no evento online e também será documentada em vídeo. Segundo Colombo, a exposição Identidades, que permanece em cartaz até o dia 29 de janeiro, pode ser vista como a culminância de um projeto desenvolvido desde o mês de outubro.

“Naquele mês, a abordagem foi centrada na mulher indígena e, claro, na criança. Expusemos um conjunto significativo de peças de artesanato das mais variadas etnias indígenas do Maranhão, cedidas pelo Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão (Cphanama), sob curadoria do antropólogo João Damasceno Figueiredo Júnior. Em novembro, a ênfase foi para o Dia da Consciência Negra (20), com a exposição coletiva Identidades. E dezembro foi então o mês da convergência de todas estas contribuições para a nossa formação cultural, culminando com a ampliação da exposição Identidades, trazida ao Espaço de Arte Márcia Sandes”, detalha o curador, destacando que foram expostas obras de artistas da Associação Comunitária de Amigos do Estaleiro Escola (Tamancão): Ângela Ferreira, Izabel Matos, Jean Charles, Tassila Custodes e Thiago Cruz.

No mês de dezembro, a exposição, que estava no Centro Cultural, foi ampliada ao ser instalada na PGJ, com fotografias de comunidades quilombolas de Penalva, dos fotógrafos Roberto Sobrinho e Jasf Andrade, da ONG Asa dos Pretos, além de um conjunto de imagens de comunidades indígenas, enfatizando principalmente mulheres e crianças, cedidas pelo Cphanama. Completam a exposição telas de Cláudia Sopas, que reúne suas influências portuguesa e nordestina.

SAIBA MAIS

MÁRCIA SANDES

A exposição “Identidades” está em cartaz no Espaço de Artes que completou 18 anos de criação no último sábado. Instalado inicialmente onde hoje funciona o Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público do Maranhão, no centro da cidade – na época, o prédio abrigava a sede do MP – o local foi criado para apreciação de manifestações artísticas por iniciativa do procurador de justiça Eduardo Nicolau, atual procurador-geral de justiça, com o irrestrito apoio do PGJ da época, Raimundo Nonato de Carvalho Filho.

Com a mudança da Procuradoria Geral de Justiça para o Calhau, em 2016, o Espaço de Artes Márcia Sandes foi transferido para a nova sede. O nome escolhido para o espaço foi uma homenagem à promotora de justiça Márcia Sandes, apreciadora das manifestações artísticas, que faleceu precocemente em um acidente de carro.

Dulce Serra Moreira destaca os principais objetivos do Espaço de Artes Márcia Sandes, como incentivo e divulgação dos talentos artísticos do Ministério Público e da sociedade de um modo geral; destaque de datas ou momentos significativos dentro do cenário artístico; promoção de concursos de pintura, de ações educativas, debates, palestras, cursos, oficinas e visitas.

“O espaço tem como um dos seus principais objetivos manter exposições temporárias individuais ou coletivas e expor obras ou acervos de caráter itinerante em parceria com outras instituições culturais. Durante esses 18 anos de existência, o Espaço de Arte Márcia Sandes promoveu aproximadamente 250 exposições. No momento, devido à pandemia as exposições em cartaz estão sendo agendadas via e-mail do Centro Cultural ou por telefone”, acrescenta.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.