Estimativas

SES aponta regressão da Covid-19, mas InfoGripe mostra alta no estado

De acordo com os boletins epidemiológicos da SES, o Maranhão apresenta queda consecutiva no número de casos, já InfoGripe mostra tendência de alta; possibilidade de uma segunda onda da doença não é descartada

Kethlen Mata / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
O grande problema é a subnotificação de casos no estado
O grande problema é a subnotificação de casos no estado (Covid-19)

São Luís – Novembro apresentou 4.379 casos confirmados da Covid-19 a menos que o mês de outubro, conforme boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES). No total, foram 7.253 novos testes positivos para a doença, de 1º a 30 de novembro. Em contrapartida, o Maranhão está entre os 15 estados da federação onde há, ao menos uma macrorregião com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado ou forte de alta de casos de Covid-19, segundo o boletim InfoGripe, realizado pela Fiocruz, referente à Semana Epidemiológica 46, ou seja, de 8 a 14 de novembro.

Entre os dias 1º e 31 de outubro, foram registrados 11.632 casos do novo coronavírus no estado, analisando o mesmo período de tempo em setembro, foram 20.883 notificações. Ou seja, de acordo com dados da SES, o Maranhão apresenta queda consecutiva no número de casos totais, o número de óbitos também acompanha a tendência. Em outubro, 287 pessoas morreram em decorrência de complicações da Covid-19, já em novembro, foram 235 óbitos, 52 pessoas a menos.

No entanto, na análise do InfoGripe – que tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe até o dia 16 de novembro -, o Maranhão aparece ao lado de estados como Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás, todos com aumento expressivo no número de casos da Covid-19.

A análise também mostra que São Luís apresentou sinal moderado de crescimento em longo prazo, com aumento acima de 75%. São Luís, Florianópolis e João Pessoa acumulam cerca de seis semanas consecutivas com sinal de crescimento na tendência de longo prazo.

Subnotificação e segunda onda
O infectologista Fabrício Pessoa, conta que acredita que os dados coletados vão para a SES, e são de fato divulgados, mas, para ele, o grande problema é a subnotificação. “A gente viu no início da pandemia, que houve um aumento importante das notificações, mas porque as pessoas que estavam apresentando os sintomas iam até as unidades, coletavam o exame e eram notificadas”, destacou.

Ele acredita na possibilidade de existir uma segunda onda. “Mas isso depende de uma série de intervenções que podem existir, quanto ao comportamento da população, da adesão aos equipamentos de proteção individual. Na verdade, não diria um começo de uma segunda onda, mas sim um incremento na primeira ainda”, frisou o médico.

O Secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, em entrevista a O Estado, no dia 9 de novembro, admitiu que uma segunda onda não está descartada. “A gente tem um plano de contingência sendo elaborado para 2021. A segunda onda não está descartada no estado, isso é importante dizer. Fica difícil fazer uma análise única do Brasil, porque a Covid atacou os estados de maneira diferente. Mas eu posso dizer assim, de algum modo, a gente nem saiu da primeira onda. Na verdade, a gente tem uma grande onda, ora sobe, ora desce, a gente está tendo um recrudescimento muito lento, já há muitas semanas, mas muito devagar, depois daquele primeiro grande pico”, comentou, em um trecho da entrevista.

SAIBA MAIS

Leitos
Quanto ao número de leitos para a Covid-19 no estado, a situação parece controlada, mesmo que nos últimos dias, profissionais de saúde tenham divulgado que a movimentação nos hospitais aumentou consideravelmente. Na grande Ilha, até o boletim do dia 1º de dezembro, 31 pessoas ocupam leitos de UTI (34,83%), já nos, leitos de enfermaria, são 44 ocupados (32,59%).

Em imperatriz, a situação é mais preocupante. De 32 leitos disponíveis de UTI, 16 estão ocupados, ou seja, 50%. Os leitos clínicos estão com taxa de ocupação de 29,63%. Nas demais regiões do estado, os leitos estão com baixa taxa de ocupação. De 148 leitos de UTI, apenas 33 (22,30%) estão em uso, quanto aos de enfermaria, apenas 30 (8,50%) de 353 estão sendo utilizados para tratar da Covid-19.

Últimos números

193.550 casos confirmados
3.582 ativos
4.305 óbitos
185.663 recuperados

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