Para quem é acostumado a promover eventos grandiosos - em pompa e em número de convidados -, os dias que correm podem ser bem desanimadores. Não para PH. Ao contrário. Os códigos sociais atuais impostos pelo coronavírus acabaram dando a ele uma nova chance de exercitar a habilidade de inovar para permanecer o mesmo: no caso, o "ícone e grife da sociedade", como bem o descreve o subtítulo de sua biografia autorizada.
Foi exatamente para o lançamento dela, escrita pelo colega de O Estado Thiago Bastos, junto do livro "Em Busca de Vultos Perdidos", em que PH reúne algumas de suas crônicas mais emblemáticas, que o colunista saiu com uma tirada de mestre: um sarau literário - na última segunda - ara marcar o fim deste ano.
Na impossibilidade de um daqueles seus bailes, como costumava dar ao longo de meio século de profissão, Pergentino decidiu acenar à Literatura. Em um 2020 em que pouquíssima coisa boa se viveu, nada mais oportuno que reavivar memórias. PH revisitou tanto as de sua vida quanto às da obra jornalístico-literária primorosa que construiu. Como resultado, um projeto editorial para colecionador. As duas publicações, aliás, são as primeiras da editora Lua Azul, com a qual o
jornalista pretende movimentar a cena cultural a partir de agora.
O cenário escolhido para a ocasião não poderia ser mais emblemático. A casa onde morara até pouco tempo o ex-presidente José Sarney, no Calhau. Cenário de inúmeros momentos relevantes da história do Maranhão e do Brasil e onde está abrigada a biblioteca de raridades do também membro da Academia Brasileira de Letras, a propriedade fora palco de diversas passagens marcantes do autor/biografado.
Ainda que sob os cuidados que a pandemia requer, a ocasião fez jus às credenciais de requinte que a marca PH traz consigo. Os espaços - todos arejados
e dispostos para concentrar o mínimo possível de pessoas - foram preenchidos por uma decoração sóbria assinada por Cíntia Klamt Motta. Nas paredes, projeções com fotos emblemáticas da carreira do colunista se misturavam a imagens de lugares simbólicos da história de Pergentino, como Paris, Nova York e Lisboa. Uma verdadeira viagem!
Passaram por lá os amigos de sempre, entre nomes da intelectualidade e do alto empresariado maranhense, além da família - da qual eu faço parte.
Até aqui falou o colunista. Agora, peço licença aos leitores para dizer da minha emoção como sobrinho-neto ao ver PH se ressignificar em meio a um período tão difícil pra todos nós. Não que eu tivesse alguma dúvida de toda a sua potência. Jamais. É que, ainda assim, é comovente o vê-lo se manter relevante em seu ofício - sim, o trabalho para ele nada mais é do que isso.
E como bem disse Benedito Buzar no texto de abertura de "PH - ícone e grife da sociedade": "Que essa longevidade biológica e profissional seja infinita enquanto durar". Evoé!
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.