Pastagens

Bolsonaro volta a defender "boi-bombeiro" para conter incêndios no Pantanal

O termo foi usado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e depois defendido por Ricardo Salles

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
O presidente Bolsonaro defende a criação de gado no Pantanal
O presidente Bolsonaro defende a criação de gado no Pantanal (Bolsonaro)

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, ontem, 23, a utilização do " boi-bombeiro ", citado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para conter os incêndios que tomam conta do Pantanal .

"Fogo lá no Pantanal. No passado, a gente podia deixar o boi comer o capim acumulado, agora não pode mais. Então, acumula uma massa vegetal morta muito grande e, quando vem o fogo, incendeia e o negócio é uma barbaridade. É o boi-bombeiro. Quando fala, é galhofa. O pessoal que nunca pisou no capim falando mal do produtor rural", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores na manhã de ontem em frente ao Palácio da Alvorada.

Criação de gado

No mês passado, o ministro do Meio Ambiente , Ricardo Salles , eximiu o governo de culpa pelas queimadas no Pantanal e defendeu a criação de gado na área para reduzir a "massa orgânica" . Salles também estava de acordo com uma proposta feita dias antes por Tereza Cristina, que concordava com a ampliação das regiões de pastagens para a redução das queimadas . "Se nós tivéssemos um pouco mais de gado, o desastre teria sido menor", disse a ministra, na ocasião.

A medida defendida por Bolsonaro e seus ministros é vista como "equivocada" por diversos especialistas e organizações socioambientais, como o Greenpeace, uma vez que não existem dados científicos que sustem a tese de que focos de incêndio possam variar conforme aumento o tamanho do rebanho no Pantanal.

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