Diagnóstico

Covid-19: um quinto dos recuperados foi depois diagnosticado com transtorno mental

Pessoas que estiveram infectada com covid-19 correm um maior risco de, posteriormente, serem diagnosticadas, principalmente ansiedade e depressão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
18% dos recuperados foram diagnosticados com algum tipo de transtorno mental, entre 69 milhões de norte-americanos
18% dos recuperados foram diagnosticados com algum tipo de transtorno mental, entre 69 milhões de norte-americanos (saúde mental)

São Paulo - Investigadores de Oxford conduziram o maior estudo até ao momento sobre a influência da Covid-19 na saúde mental, neurocientista Fabiano de Abreu explica que isso é comum em doenças que possam trazer um maior risco de vida

Pessoas que estiveram infectada com covid-19 correm um maior risco de, posteriormente, serem diagnosticadas com um transtorno mental, principalmente ansiedade e depressão. Esta foi a conclusão preliminar de um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, publicado na revista científica The Lancet.

Foram examinados históricos clínicos de 69 milhões de norte-americanos entre os dias 20 de janeiro e 1 de agosto, dos quais mais de 62 mil tiveram Covid-19, 18% dos recuperados foram diagnosticados com algum tipo de transtorno mental.

O neurocientista Fabiano de Abreu explicou os efeitos da doença na saúde mental dos curados de Covid-19. “Isso acontece com as pessoas após doenças como gripe, infecções, fraturas, pedra nos rins como muitas outras doenças. Mas a proporção no caso dos doentes de covid-19, no estudo, apresentam dados maiores. Isso está relacionado ao medo da doença agravar, também relacionado a toda essa atmosfera que se coloca em relação ao perigo da doença. Quanto maior o impacto psicológico no risco de vida, maior serão as disfunções nos mensageiros químicos que controlam nossas emoções.

Quanto maior o medo, mais potencializa-se a ansiedade e pode levar ao estresse, é um mecanismo de fuga, de necessidade de sair daquela situação, isso prejudica também na imunidade e, por isso, o risco de vida aumenta.” Diz Fabiano de Abreu que relatou que o estudo não traz informações que revelam que a doença em si afete o cérebro.

“Geralmente esses estudos tentam avaliar se o vírus afeta ou não o sistema nervoso. Mas, como qualquer vírus ativo, afeta não diretamente e sim indiretamente como qualquer outra doença grave.” Finaliza o neurocientista..” Finaliza o neurocientista.

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