Covid-19

Carlos Lula critica Bolsonaro por usar vacina para dar resposta a Dória

Manifestação ocorreu nas redes sociais do gestor público maranhense; a O Estado, ele declarou que era favorável ao cancelamento das eleições deste ano, mas mantém agenda de campanha de aliados

Thiago Bastos/ Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Lula, apesar de criticar Bolsonaro, não faz o dever de casa e aglomera
Lula, apesar de criticar Bolsonaro, não faz o dever de casa e aglomera (Carlos Lula)

O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, criticou o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao citar a resposta do chefe do Executivo em uma rede social atribuindo uma vitória pessoal ao fato de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não permitiu os testes com a vacina Coronavac, defendida pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Para Lula, não há condições de defesa do presidente.

Em sua conta no Twitter, ao comentar matéria do site UOL em referência a Bolsonaro, Carlos Lula escreveu “Sem condições. Inacreditável. Inacreditável”, disse ao mencionar o fato de que o presidente usa a política de saúde pública e aquisição de vacina contra o coronavírus para atacar um desafeto político.

Esta não é a primeira vez que o gestor da saúde estadual critica o responsável pelas políticas públicas federais e o Ministério da Saúde (MS). Em julho, em entrevista à Revista IstoÉ, Carlos Lula disse que a condução da pasta acerca da pandemia é confusa. “Óbvio que tem condição social difícil que é perfeita para a disseminação do vírus. A gente sabia que a chegada da doença seria avassaladora no país, mas não é justificativa para se fazer o que se fez até agora”, disse.

Críticas

O secretário Carlos Lula também é alvo de críticas de opositores por entrar em contradição, ao defender o isolamento social e, ao mesmo tempo, fazer aparições em atos de campanha. Ele defendeu a oestadoma.com o cancelamento das eleições em 2020 e, ao mesmo tempo, aparece em fotos de atividades em ruas de São Luís pedindo votos para o aliado de partido e candidato, Rubens Pereira Júnior (PCdoB).

Ao site, na sexta-feira (6), Carlos Lula disse que a decisão sobre eleições deveria ter sido dada pelo Congresso. “Então nada recomendava a gente ter eleições neste momento, só que o Congresso [Nacional] resolveu não tomar essa decisão e a Justiça podia então ter tomado. Devia ter dito ‘olha, não vamos fazer campanha de corpo, vamos fazer campanha de outro jeito, já que é para ter eleição’. Só que a Justiça também não quis tomar essa decisão, então no Brasil inteiro é esse problema”.

Sobre aglomeração nas eleições, ainda ao site de O Estado, ele disse que se trataria de uma questão inevitável. “Agora, para sermos prudentes. O ideal é que não houvesse eleição, não houvesse campanha. A gente sabe que uma campanha acaba sendo feita, seja em São Luís, seja em São Paulo. Todo mundo vai fazer aglomeração, não tem jeito”, afirmou.

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