Senador prevê adiamento da reforma Tributária
Presidente da comissão mista que discute matéria no Congresso Nacional, senador Roberto Rocha (PSDB) disse que votação de relatório pode não ocorrer no dia 7 de outubro, como estava previsto
O senador Roberto Rocha (PSDB) admitiu à imprensa a possibilidade de adiamento do cronograma da reforma Tributária no Congresso Nacional. Presidente da Comissão Mista que analisa a matéria, ele explicou que caso o relatório não seja apresentado até sexta-feira, o tema não deve ser votado no dia 7 de outubro, como estava previsto até o início da semana.
Rocha afirmou que lideranças do Senado e da Câmara Federal continuam mantendo conversas sobre o tema com o Governo Federal, mas ainda não houve avanços significativos.
A expectativa do colegiado presidido por Rocha era de que o relatório fosse disponibilizado para análise na próxima semana, o que pode não mais ocorrer. Isso depois de o Governo ter tentado negociar a criação de um novo imposto sobre transações para bancar a desoneração da folha salarial, proposta rejeitada por parte dos senadores e deputados federais.
"Vamos fazer uma reunião interna para decidir se o relatório será apresentado nesta semana ou na próxima. Se for na próxima, não será votado no dia 7. Vai ser mais lá na frente", explicou Roberto Rocha.
Reunião
Na última segunda-feira, lideranças da base do governo no Congresso Nacional se reuniram com ministros e com o presidente da República, Jair Bolsonaro para tratar, dentre outras coisas, do tema. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), destacou dois pontos importantes debatidos no encontro: o compromisso de não elevar a carga fiscal nas tratativas da reforma tributária e o respeito ao teto de gastos, mesmo com a implementação de novos programas sociais.
Bezerra afirmou que as soluções encontradas para esses dois pontos serão detalhadas. Ele também disse que haverá mais informações em relação ao Renda Cidadã - programa que deve substituir o Bolsa Família.
“O governo também tem a disposição de fazer a reforma tributária caminhar, para que tenhamos um ambiente para os negócios de maior investimento, de maior geração de emprego e de salário”, declarou Bezerra em vídeo divulgado por sua assessoria.
Roberto Rocha confirmou ter participado das discussões. Por meio de seu perfil, no twitter, horas depois do encontro, ele defendeu a desoneração da folha de pagamentos, que segundo ele, "é a mais cara do mundo” e argumentou que uma forma de promover a desoneração da folha sem aumentar a carga tributária seria taxar a movimentação financeira.
"Então, só resta o caminho da arrecadação pela movimentação financeira com uma alíquota de 0,15% a 0,20%", finalizou.
Vamos fazer uma reunião interna para decidir se o relatório será apresentado nesta semana ou na próxima. Se for na próxima, não será votado no dia 7. Vai ser mais lá na frenteRoberto Rocha, Senador do MA
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