Solidariedade

Caso Maya: casal faz 'vaquinha virtual' para realizar cirurgia da filha nos EUA

Criança foi diagnosticada desde cedo com uma má formação craniana; a primeira cirurgia da bebê ocorreu quando ela tinha apenas 10 meses de idade

Kethlen Mata/ O Estado MA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Maya, que precisa de cirurgia nos EUA, com os pais Reginaldo e Jonnara Monteiro
Maya, que precisa de cirurgia nos EUA, com os pais Reginaldo e Jonnara Monteiro (Reginaldo e Jonnara Monteiro)

SÃO LUÍS – Com 15 dias de nascida, Maya foi indicada pela pediatra para ser levada a um neurocirurgião. Com 2 meses de vida, ela foi diagnosticada com cranioestenose. Até hoje, a bebê, que tem 1 ano e 4 meses, já realizou quatro cirurgias, porém, os pais descobriram que os procedimentos não foram feitos corretamente. Agora, Maya precisa fazer uma quinta operação e o médico mais recomendado se encontra em Dallas, nos Estados Unidos. A família decidiu então fazer uma 'vaquinha virtual', uma conta para divulgação no Instagram, além de rifas e lives solidárias.

O valor da viagem e do tratamento nos Estados Unidos, é de 350 mil reais e, até o momento, já foi arrecadado 214.436 mil, uma quantia expressiva, mas ainda falta bastante para a meta ser atingida.

A mãe de Maya, Jonnara Monteiro, conta que quando recebeu o diagnóstico da filha ficou sem chão. “Desde o nascimento da Maya começamos uma luta, uma correria muito grande por respostas, por um diagnóstico. Quando ele chegou foi um choque. Naquele momento nossa luta em busca de uma cura para a craniostenose havia iniciado”, disse.

No dia 14 de março deste ano foi realizada a primeira cirurgia da Maya. Foram aproximadamente seis horas de operação e logo após a criança foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e reagiu bem. “Infelizmente ela caiu aqui em casa, após 15 dias do procedimento, e bateu a cabecinha no chão. Fiquei apavorada diante da situação, mas ela aparentava estar bem, mas, ainda assim, a levamos na emergência para um exame de imagem”, contou a mãe. No exame, foi constatado que uma das placas colocadas na cirurgia havia se rompido, o que acabou deixando o ossinho da testa de Maya saltado.

Nesse cenário. foi quando a segunda operação aconteceu, em maio. Um procedimento rápido. “Já em casa, com o inchaço diminuindo, percebemos que algo estava errado. Tinha uma bolha enorme se formando na testa dela”, observou Jonnara. Em consulta médica, foi descoberto que a bolha se tratava de uma fístula liquórica, o que poderia possibilitar uma meningite ou uma infecção no local.

A criança teve que passar por mais dois procedimentos cirúrgicos, com apenas 1 ano e 1 mês de idade. “Esse foi o procedimento que mais mexeu comigo. É como se eu sentisse que iria perdê-la, é a única cirurgia que não me recordo o tempo”, contou a mãe. “Quando a operação acabou, o médico disse que havia aberto apenas metade da cabeça e que não tinha encontrado a fístula, mas que tinha reforçado os pontos”.

Depois de 24 horas, Maya precisou realizar outro processo para retirar de vez a fístula. Jonnara disse que nesse momento já não tinha mais confiança na equipe médica e conseguiu um contato em São Paulo. Durante a conversa, o médico afirmou categoricamente que a correção craniana foi mal realizada desde a primeira cirurgia. “Hoje, com 2 meses da última cirurgia, entramos em contato com mais dois médicos e ambos confirmaram o que o médico de São Paulo já havia dito”, ressaltou.

Ajuda em outro País

Jonnara Monteiro faz parte de um grupo no WhatsApp com outras mães de crianças com a cranioestenose e acabou conhecendo o trabalho de um médico dos Estados Unidos, mais precisamente na cidade de Dallas. Ele aceitou o caso de Maya, porém, o custo para viajar para outro país e ainda arcar com despesa médica é alto para a família.

O prazo para o novo procedimento operatório é de 10 meses e os pais tiveram a ideia de criar a campanha nas redes sociais, iniciada em agosto. Maya já conseguiu uma boa quantia em dinheiro, mas ainda precisa de uma parte importante da quantia.

Como ajudar Maya

- Banco do Brasil: conta Poupança 42015-8; agência 0603-3; variação 51. Maya Corrêa Monteiro, CPF 105.186.553-00.

- Bradesco: conta poupança 7288-5; agência 2358-2. Maya Corrêa Monteiro, CPF 105.186.553-00.

A conta de Maya no insta é @maya.monteiro_. É possível ajudá-la também pelo site Vakinha, o ID da vaquinha é: 1283480.

SAIBA MAIS

Craniostenose

Uma em cada 2 mil crianças são diagnosticadas com cranioestenose em todo o mundo. Esta é uma deformidade progressiva da cabeça do bebê, que se dá pelo fechamento precoce de uma ou mais suturas cranianas – articulações fibrosas que estabelecem ligações entre os ossos desta região. Suas causas podem estar associadas a fatores genéticos e às condições da gestação.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.