Operação

Operação Resgate movimenta a praia do Calhau com atividades

Diversos serviços foram oferecidos durante o evento como teste de glicemia, HIV, hepatite, sífilis, covid-19, aferição de pressão, atividades físicas e yoga

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Participantes da ação fazem alongamento em praia
Participantes da ação fazem alongamento em praia (CAPs AD / Ação resgate / praia)

SÃO LUÍS - Mais de seis mil atendimentos como ainda um total de 60 dependentes químicos resgatados da rua e levados para fazer o tratamento nas unidades de saúde pública. Este é o resultado das quinze edições da Operação Resgate, que é promovida pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) do Monte Castelo e Polícia Civil, realizadas durante este ano na Grande Ilha. A última edição desse trabalho ocorreu na sexta-feira (18), na praia do Calhau.

Marcelo Costa, que é um dos coordenadores do evento, declarou que nessa ação, além de oferecer serviços básicos para a comunidade como teste de glicemia, sífilis, HIV, hepatite, Covid-19 e aferição de pressão arterial, também promover o bem-estar ao cidadão.

Ainda de acordo com Marcelo Costa, cerca de 30 pacientes do Caps AD, do Nina Rodrigues e da Unidade de Acolhimento (UA) da Cohab vieram à praia para participarem de diversas atividades como alongamento, futebol, yoga e até mesmo de um piquenique. “A operação também é uma das ações da campanha Setembro Amarelo que trata sobre o suicídio”, frisou Marcelo Costa.

A coordenadora da UA da Cohab, Daiane de Oliveira, informou que no momento há 14 pacientes e esse tipo de ação, além de proporcionar o bem-estar, contribuem para diminuir a ansiedade. “A atividade desse tipo vem apenas somar com o tratamento dos nossos pacientes”, frisou Daiane de Oliveira.

Lucas Santos, de 24 anos, disse que há dois meses está fazendo tratamento na UA da Cohab e desde a adolescência que usava droga. “Comecei fumando maconha e depois passei a consumir droga, mas, não desejo mais viver neste mundo de terror”, afirmou o paciente da UA da Cohab.

Maria de Fátima, de 28 anos, também é outra paciente da UA da Cohab. Ela contou que começou a usar entorpecente antes dos 10 anos e o seu pai era traficante. “A gente tinha a droga em casa, mas, no momento, quero ter uma outra vida e voltar a cuidar dos meus dois filhos, que são menores de idade, e estão no abrigo”, disse.

Saldo da operação

O delegado Joviano Furtado, que também é coordenador da Ação Resgate, informou que somente neste ano já foram realizadas 15 ações na Grande Ilha e mais de seis mil pessoas foram atendidas como também 60 dependentes químicos foram encaminhados para fazer o tratamento de forma gratuita nas unidades de saúde.

Joviano Furtado declarou que a próxima operação está prevista para ocorrer no dia 10 de outubro e vários serviços básicos serão oferecidos para a comunidade. No ano passado ocorreram 17 ações na Ilha e realizados mais de oito mil atendimentos, nos quais 86 dependentes químicos aceitaram fazer o tratamento para se livrar das drogas. Eles passaram por uma triagem e, em seguida, foram encaminhados para a clínica onde ficaram internados por um período de seis meses.

O delegado também contou que esse trabalho vem sendo realizado desde o ano de 2011 e o ponto de partida foi a cracolândia, localizada no bairro João Paulo. Na época, esse local era considerado um dos pontos onde havia maior número de dependentes químicos. No decorrer da ação, vários usuários de drogas foram retirados daquela área. A maioria deles aceitou fazer o tratamento e foram reinseridos no mercado de trabalho. “Esse trabalho, além da questão da saúde, também visa a segurança e reduz a criminalidade na cidade. Muitas vezes, os dependentes químicos protagonizam crimes, principalmente, no momento da abstinência”, detalhou Joviano Furtado.

Saiba mais

O CAPS AD é destinado ao atendimento diário, com assistência clínica, acompanhamento e reabilitação psicossocial de usuários com transtornos mentais decorrentes do uso de álcool e drogas. É um serviço de saúde aberto ao público, oferecido pelo Sistema Único de Saúde. Entre os serviços disponibilizados estão o atendimento individual e em grupo, os tratamentos medicamentoso e psicoterápico, orientação familiar, atividades comunitárias, oficinas e visitas domiciliares.

Números

6 mil atendimentos realizados durante as quinze edições da Ação Resgate neste ano

60 dependentes químicos resgatados das ruas da capital

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