SÃO LUÍS – A pandemia da Covid-19 afetou diversos setores da economia, mas foi o segmento de bebidas e alimentos, do setor de serviços, que sofreu o maior impacto. De acordo com dados do Sindicato de Bares e Restaurantes (Sindibares), cerca de 30% dos estabelecimentos do estado fecharam permanentemente. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 73% dos estabelecimentos pesquisados já reabriram as portas.

Em uma pesquisa realizada pela Abrasel, esse segmento representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram cerca de seis milhões de empregos por todo o país. Contudo, com a suspensão temporária dos serviços e a necessidade de adaptação a uma nova realidade, muitos estabelecimentos não conseguiram reabrir suas portas. No Maranhão, até junho, haviam ocorrido 7 mil demissões devido à pandemia da Covid-19. “Infelizmente, fomos os mais afetados e agora estamos em um momento de adaptação e inovação para atrairmos os clientes”, contou Camila Di Minda, empresária e presidente do Sindebares.

Ainda de acordo com Abrasel, desde o mês de março, quatro em cada cinco estabelecimentos precisam de empréstimos para funcionar, o que equivale a 73% dos estabelecimentos. Destes, apenas 57% conseguiram uma linha de crédito. Dos que tiveram o empréstimo negado (43%), 21% não receberam justificativa do banco para a falta de crédito.

“Foram anunciadas medidas para auxiliar esses estabelecimentos, porém até agora poucos conseguiram ou tiveram respostas”, relatou Camila Di Minda. O Estado entrou em contado com o Governo do Maranhão para saber se há medidas voltadas para bares e restaurantes sendo realizadas, porém não obteve respostas até o fechamento desta edição.

Novas medidas
Visando o apoio a bares e restaurantes maranhenses, o Sindibares e a Abrasel criaram projetos para auxiliar a retomada das atividades desses estabelecimentos, como palestras e cursos online gratuitos que ajudem a garantir a clientela.

Em julho, o Sebrae Abrasel disponibilizam curso gratuitamente com orientações para os donos de pequenos negócios de alimentação. Os conteúdos elaborados pela parceria estão disponíveis na plataforma EAD do Sebrae e foram organizados em três trilhas: gestão de bares e restaurantes, gestão da qualidade e gestão de pessoas.

Se o empreendimento atuar no segmento de comida a quilo, o empreendedor poderá aprender como controlar o volume de produção. Além disso, entre os módulos programados estão conteúdos sobre como estabelecer um bom fluxo de fila e reposição de alimentos, de modo a evitar as perdas em serviço de buffet; ou ainda como escolher e utilizar softwares para aprimorar a gestão do negócio, bem como orientações para aumentar as vendas utilizando canais de delivery, um dos meios utilizados com mais frequência no período da pandemia.

Saiba mais

Medidas de segurança

Para garantir a prevenção contra a covid-19, é obrigatório:

• Máscara para todos (com exceção do vocalista e do instrumentista de sopro)
• Distanciamento de dois metros
• Limpeza das mãos
• Nada de aglomeração
• Continuam proibidas as atrações musicais e culturais de médio e grande portes, que promovam aglomeração
• Só serão permitidas apresentações com até dois integrantes. Por exemplo: voz e violão; voz e teclado; violão e percussão; etc
• Os músicos deverão entrar e sair por acesso próprio, a fim de evitar contato com o público
• O acesso ao palco também deve ser isolado
• É preciso também estabelecer uma distância de dois metros entre o palco e os convidados ou público
• Os instrumentos deverão se higienizados e a equipe de trabalho deve ser reduzida
• A montagem dos instrumentos, mesas de som e outras estruturas deve ser feita com até 3 horas de antecedência
• É proibido o acesso de acompanhantes, com exceção de produtores e músicos, limitados ao menor número possível
• Os camarins devem ter avisos sobre o número máximo de pessoas permitidas, bem como outras regras de higiene

Números

30% dos bares e restaurantes fecharam permanentemente no MA

73% dos estabelecimentos em todo o Brasil precisam de empréstimos para funcionar

43% tiveram a linha de crédito negado

21% não receberam justificativa do banco para a falta de crédito.

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