São Luís – Regiane Araújo, hoje com 6 anos de carreira musical, vai lançar seu primeiro clipe na próxima semana, uma parceria com a cantora Núbia, e a poeta Débora Melo, mas a música presente no clipe já tem data marcada para lançamento, amanhã, 11 de setembro, a partir das 00h00, em todas as plataformas digitais. A artista conversou com O Estado e contou como surgiu o projeto, um pouco da sua história na música, e deu um spoiler de um trecho da música.
Conhecendo a Artista
Então, quem é Regiane Araújo? Vamos deixar que você a conheça, nas sus próprias palavras.
“Na música comecei bem cedo, por influência da minha família, e também o contexto religioso. Desde pequena, aos 7 anos de idade, já estava envolvida musicalmente com os grupos infantis da igreja, cresci vendo meus irmãos tocando algum instrumento, cantando também. Bem mais tarde, aos 19 anos, motivada pelo contexto da universidade (Regiane é formada em Ciências Sociais) e também de amizades que já traziam muita coisa da arte, música a poesia, passei a escrever minhas primeiras canções como também cantar em outros espaços, eventos culturais da universidade, e abrindo shows de lançamentos de discos de amigos próximos da cena musical maranhense. Nesse embalo, fazendo alguns shows autorais nos teatros da cidade, passei a conhecer músicos, montar projetos de música para cantar na noite, e etc.”, descreve Regiane Araújo.
Tirem as Cercas
“Tirem as Cercas”, esse é nome do lançamento de amanhã e conta com a participação da cantora Núbia, e a poeta Débora Melo. Núbia adentra a canção logo no início, quando a sonoridade da faixa entra de vez no Reggae. “Essa canção surgiu depois de muitas experiências junto ao grupo de pesquisa LIDA (Grupo de Pesquisa e Extensão LIDA – Lutas Sociais Igualdade e Diversidade), que me permitiu o envolvimento com a causa de quilombolas e indígenas do Maranhão", frisa.
“Tirem as Cercas deixem as flores que pintam de todas as cores toda a liberdade da paz e do lar. Território Livre Já.”, esse é o trecho que Regiane Araújo disponibilizou exclusivamente para O Estado.
Segundo ela, há alguns anos, quando se envolveu com viagens e atividades desenvolvidas no LIDA, junto aos povos quilombolas e indígenas no Maranhão, ela se conectou com essas realidades. “E especificamente esse trecho me conecta a duas experiências marcantes que foi ouvir, e ver uma liderança quilombola aos prantos me mostrar fotos do seu território devastado por tratores de fazendeiros. Um tempo depois tive o privilégio de conhecer e adentrar a aldeia Ipú, que fica localizada no Território Indígena Bacurizinho. A entrada da Aldeia tinha uma parede de flores e árvores nos dois lados, então, é preciso Tirar as Cercas, é preciso deixar as flores, respeitar a natureza e acima de tudo respeitar esses povos, garantir a segurança e proteção dos territórios quilombolas e Indígenas”, ressalta
Por fim, Débora Melo, encerra a música com um slam, a recitação do poema “Território Livre”, o qual, ela escreveu exclusivamente para “Tirem as Cercas”, sem dúvidas, um dos pontos altos da faixa, ouvir até os últimos segundos vai valer a pena.
Regiane contou que as três se conheceram durante um show, segundo ela, foi transformador e renovador. “Tirem as Cercas não escolheu apenas a mim para se manifestar e ecoar. Primeiro foi a Débora Melo, em um evento Cultural do LIDA e nesse dia a força de sua fala e sua poesia estremeceu a mim e a todxs que estavam presente. Algum tempo depois, aceitei o convite do ‘Sobre O Tatame’ para mais uma edição de shows que contavam com a presença de mulheres fortes da cena musical maranhense. Então Tirem as Cercas encontrou a mim, Débora Melo e Núbia, no palco do CCVM! Quem estava viu, ouviu, sentiu! Foi épico, desestruturante ao mesmo tempo que transformador e renovador! Então eu entendi que essa música não pertencia somente a mim”, expôs Regiane em seu Instagram (@regianearaujos).
O single foi produzido em parceria com Adnon Soares, da Casa Loca Studio.O pre-save da música está disponível aqui.
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